Vendas no comércio caem. Saiba o que aconteceu.

A venda do comércio varejista apresentou queda em novembro. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas recuaram 0,1% em novembro de 2020, na comparação com outubro.

“No confronto com igual mês do ano anterior, também houve perda de ritmo, com o varejo crescendo 3,4% em novembro de 2020, menos que a alta de 8,4% em outubro. Apesar da desaceleração, o setor se encontra 7,3% acima do patamar pré-pandemia”, destacou o IBGE.

O resultado veio ainda abaixo do esperado pela Reuters. A pesquisa realizada pela empresa previa alta de 0,40% na comparação mensal e de avanço de 4,90% sobre um ano antes. O que não aconteceu conforme divulgado pelo IBGE.

No acumulado do ano passado, o setor de comércio varejista registrou alta de 1,2%. Já no acumulado de 12 meses o crescimento foi de 1,3%.

 

Setor alimentício, de bebidas e fumo impulsionam resultado 

O resultado negativo do comércio varejista foi impulsionado pelo setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que apresentaram a maior queda de novembro (-2,2%). A categoria ainda têm peso de cerca de 45% no índice geral.

“Se olharmos, por exemplo, para a receita das empresas dessa área [hipermercados], houve um declínio de 0,8%. E a diferença entre a receita e o volume de vendas demonstra um aumento de custos. Mas, além disso, é comum que o consumidor, quando tem uma queda de renda ou do seu poder de compra, passe a comprar menos produtos que não são essenciais e a optar por marcas mais baratas”, ponderou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

Mesmo assim, das atividades analisadas pelo menos 6 cresceram na comparação com outubro. Já outras 4 apresentaram retração.

Veja abaixo o desempenho por atividade em novembro:

  • Combustíveis e lubrificantes: -0,4%
  • Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: -2,2%
  • Tecidos, vestuário e calçados: 3,6%
  • Móveis e eletrodomésticos: -0,1%
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: 2,6%
  • Livros, jornais, revistas e papelaria: 5,6%
  • Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: 3%
  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico: 1,4%
  • Veículos, motos, partes e peças: 3,5% (varejo ampliado)
  • Material de construção: -0,8% (varejo ampliado)

Comércio na “Black Friday” tem números positivos

A Black Friday teve números positivos em comparação novembro de 2020 e o ano anterior. Segundo o IBGE, o aumento foi de 9,6% na receita, conforme informado pelas empresas que trabalharam com estratégias específicas para as vendas da Black Friday.

Os números positivos, por outro lado, tiveram a sua percepção menor, já que a inflação nos alimentos gerou um impacto bastante negativo no desempenho dos hiper e supermercados.

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