Tabela do Imposto de Renda acumula uma defasagem de 134,5%

Os cálculos dos auditores da Receita Federal levam em conta os dados da inflação acumulada desde o ano de 1996. Somente no atual Governo, a defasagem do Imposto de Renda já está acumulada em 24,49%.

Com uma correção da defasagem do Imposto de Renda que somente desde 2015 já acumula 134,5%, seria possível triplicar o número de contribuintes isentos. Assim, mais de 15 milhões de brasileiros estariam isentos do pagamento e a tabela base de cálculo deveria ser corrigida integralmente pela inflação.

A inflação oficial do país no último ano já aumentou 10,06% somente em 2021, que foi um número que constou na avaliação dos Auditores da Receita Federal para atualizar o cálculo de defasagem do Imposto de Renda. A última correção da tabela foi em 2015 e não existe qualquer indicativo de que iremos ter uma nova correção no curto prazo.

Entenda os impactos de uma correção da tabela do Imposto de Renda

Havendo uma correção parcial da tabela do Imposto de Renda mais de 13 milhões de contribuintes iriam ser beneficiados com uma nova correção da tabela. Se houvesse uma correção integral, quase 24 milhões de brasileiros seriam beneficiados com a isenção.

A correção da tabela do Imposto de Renda havia sido uma promessa de campanha do Presidente Jair Bolsonaro. Em junho do ano passado, o Governo Federal havia enviado uma proposta de correção parcial da tabela ao Congresso como parte da Reforma Tributária.

A proposta até chegou a ser aprovada na Câmara dos Deputados, porém ela segue desde então paralisada no Senado Federal. O Ministério da Economia foi procurado por órgãos da imprensa, que acabaram não comentando sobre uma nova correção da tabela do Imposto de Renda.

Com uma correção, estariam isentos os contribuintes com ganhos de até R$ 4.465

A defasagem da tabela do Imposto de Renda está levando as pessoas a terem um poder de compra cada vez menor, ou seja, cada vez mais nós vemos pessoas que são obrigadas a pagarem o IR. Os salários sobem para tentar corrigir a inflação, porém com a tabela do IR igual as pessoas não estão mais conseguindo escapar do temível leão.

Pela tabela atual, a faixa de isenção do Imposto de Renda está em R$ 1.903,00. Uma correção acelerada levaria a correção para a casa de R$ 4.465, lembrando que a maioria dos contribuintes teve um reajuste salarial que ficou abaixo da inflação.

Valores de deduções também estão ficando defasados

Os auditores também chamam a atenção para a desatualização dos limites em relação às permissões de deduções, como os gastos com saúde que são frequentemente usados para abater o Imposto.

Hoje o teto por desconto por dependente é de até R$ 2.275,08 por ano, sendo que uma correção do cálculo de dedução do Imposto de Renda poderia chegar a até R$ 5.335,67. A dedução com educação se mantém em até R$ 3.561,00 por ano, mas com uma correção chegaria a R$ 8.352,67.

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