Dinheiro esquecido: brasileiros têm até R$ 100 mil para sacar

O dinheiro esquecido em bancos segue dando o que falar. Apesar de pagar uma quantidade irrisória para quase metade dos beneficiados, uma parcela da sociedade, embora ínfima, também conta com um valor considerável para receber a quantia. De acordo com dados do Banco Central, cerca de 36 mil pessoas poderão receber o valor de R$10 mil a até R$ 100 mil.

Ao todo, segundo o Banco Central, existem beneficiários que possuem até R$ 1 “esquecidos” (13,8 milhões de pessoas físicas). Quem tem direito a montantes de R$ 10,00 (69,7% do total – 2.547.921 casos). É importante destacar que o banco também revelou que há casos em que um mesmo CPF tem mais de um valor a receber.

Os valores entre R$ 1,01 e R$ 10 corresponderam a 8,7 milhões de casos. Já os valores de R$10.000,01 a até R$100 mil corresponderam a 0,11% dos casos. Apenas 1.318 transferências resultaram em liberação de valores acima de R$ 100 mil (somente 0,00004% do total).

Até o momento, dos R$ 3,9 bilhões previstos pelo Banco Central, apenas R$ 3,28 bilhões foram liberados a 27,3 milhões de pessoas físicas. O restante (R$620 milhões), foram para pessoas jurídicas.

Dinheiro esquecido nos bancos: prazo para retirada

Desde a última segunda-feira, 14 de março, o Banco Central libera o saldo e o agendamento para aqueles nascidos entre 1968 e 1983 ou para empresas criadas neste período. O prazo para esse grupo se encerra hoje sexta-feira, 18 de março, com repescagem no sábado (19), conforme informado.

Na próxima semana, a partir do dia 21 de março, será a vez dos nascidos após 1983, ou empresas criadas neste período. A repescagem será no sábado seguinte (26).

Cabe salientar que neste primeiro lote, os recursos são de origem:

  • De contas correntes ou poupanças encerradas ainda com saldo;
  • Tarifas e parcelas cobradas indevidamente;
  • Cotas e sobras de quem participou de cooperativas de crédito; e
  • De consórcios encerrados.

Veja a seguir quando deve ser solicitado e sacado os valores esquecidos, segundo o calendário de operação do BC:

  • Pessoas nascidas antes de 1968 agendamento do resgate: 7 a 11 de março – repescagem: 12 de março;
  • Pessoas nascidas entre 1968 e 1983 agendamento do resgate: 14 a 18 de março – repescagem: 19 de março;
  • Pessoas nascidas depois de 1983 – agendamento do resgate: 21 a 25 de março repescagem: 26 de março.

Onde consultar os valores esquecidos?

A consulta e a solicitação dos valores devem ser realizadas, exclusivamente, através do site. Lembrando que não é mais possível fazer o procedimento através do site do Banco Central ou Registrato, devido a uma queda no sistema em janeiro deste ano.

O procedimento é muito simples, basta informar o CPF , caso seja pessoa física, ou o CNPJ, caso seja empresa. Feito isso, será informado se a pessoa possui dinheiro a receber e a data em que deve retornar ao site para fazer outra consulta, só que agora dos valores exatos e a data para o saque.

Como resgatar o dinheiro esquecido?

Para ter acesso aos valores esquecidos, é preciso seguir o passo a passo abaixo:

1) Verifique se tem valores a receber:

  1. Acesse o site;
  2. Informe o CPF e a data de nascimento ou o CNPJ e a data de abertura da empresa;
  3. Se houver valores a receber, o sistema informará uma data para que retorne ao site e solicite o dinheiro disponível, a partir de 7 de março.

2) Caso tenha dinheiro esquecido nos bancos, verifique seu cadastro Gov.br:

  1. Para ter acesso aos valores será exigido um cadastro Gov.br nível prata ou ouro;
  2. O cadastro gratuito é feito no site ou pelo aplicativo Gov.br;
  3. Informe seu CPF, selecione as opções de “Termo de Uso”, “Não sou robô” e clique em Continuar.

3) Confira o valor que pode sacar e a data para realizar a operação:

  1. Na data definida, volte ao site;
  2. Será necessário logar no SVR com sua conta gov.br nível prata ou ouro;
  3. Acesse o sistema, descubra o valor disponível e solicite a transferência, informando uma chave Pix;
  4. Caso solicite o resgate sem informar uma chave Pix, deverá entrar em contato com o banco para comunicar os dados da transferência via TED ou DOC;
  5. Se a data não for respeitada, será preciso voltar no dia da repescagem definida pelo Banco Central.
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