Salário mínimo: descubra QUANTO será em 2022

O governo federal propôs para 2022 que o novo salário mínimo seja de R$1.147. O valor conta no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano que vem.

Apesar do aumento de R$ 47 sobre o atual salário mínimo de R$ 1.100, não houve aumento real no valor. Isso porque a variação de aumento foi de apenas 4,27%. O percentual é o mesmo previsto para o  Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)  este ano.

Em outras palavras, o salário mínimo deve apenas cobrir a inflação oficial – o INPC. Ou seja, não haverá aumento no poder de compra dos brasileiros que recebem o mínimo.

Para ficar ainda mais claro, o quanto este valor só é uma correção e não um aumento deixarei aqui um exemplo. Suponha que em determinada compra no supermercado você gaste hoje R$ 50, com a previsão da inflação você deve então gastar R$52,13 comprando os mesmos itens.

Interessante lembrar que o INPC realiza uma média de inflação, com alguns itens podendo variar seu preço para mais ou para menos dos atuais 4,27% previstos de reajuste.

Salário mínimo de 2021 significou perda no poder de compra

O valor do salário mínimo de 2022 está previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias, que é elaborada anualmente e serve como base para o orçamento final. Como é elaborada ainda no primeiro semestre, ela traz bases dos principais indicadores, como acontece com a inflação oficial (IPCA).

Essa dinâmica gerou a perda no poder de compra dos brasileiros. Isso porque para repor a inflação o salário mínimo de 2021 deveria aumentar 5,45% e não 5,26% como foi previsto inicialmente e reajustado pelo governo.

Na realidade para repor a inflação o mínimo de 2021 deveria ser R$ 1.101,95 e não apenas R$ 1,1 mil, como está em vigor hoje.

O valor é controverso já que, de acordo com a Constituição, o mínimo precisa ser corrigido pelo menos pelo percentual final do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior.

Impactos no orçamento

A necessidade de corrigir o valor do salário mínimo gera mais despesas para o governo federal. Isso porque os aposentados e beneficiários do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC), por exemplo, não podem receber menos que o mínimo vigente do ano.

De acordo com estimativas feitas pelo governo, R$ 1 real de aumento do salário mínimo pode significar uma despesa de R4 343 milhões. Já uma alta de R$ 2, representaria no total cerca de R$ 680 milhões a mais para o orçamento do governo.