Reajuste servidores: ‘existe margem’, diz secretário

O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, defendeu que é possível margem para conceder reajuste de salário para os servidores, mas que decisão final deve partir do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A fala foi dada durante uma entrevista, que aconteceu por meio de live do jornal Valor Econômico.

Sachsida ainda declarou que o reajuste dos salários dos servidores não foi concedido anteriormente por conta dos gastos fiscais. “Será que não é uma vitória? ‘Ah, mas o governo vai dar aumento no ano que vem’. Não sei. E, se der, vai ser por um ano”, disse.

Sobre se o reajuste do salário de servidores deve ser concedido agora, ele reforçou que a responsabilidade é do presidente, já que a margem fiscal existe, de acordo com nova avaliação.

“São escolhas”, indicou Sachsida.

Ele também defendeu que seja criado um programa que atinja a população em vulnerabilidade social e que seja capaz de enfrentar o aumento da pobreza, gerado pela pandemia.

“É evidente que temos que ter programa social mais robusto. É prioridade máxima e me parece que a escolha orçamentária tem que levar isso em conta”, apontou.

O secretário ainda mencionou que o programa deve observar o teto de gastos.

‘Passar a faca no Sistema S’

O secretário ainda fez críticas as verbas encaminhadas ao chamado “Sistema S” – Sesi, Senai, Sesc, Senac, entre outros.

“Temos que passar a faca no Sistema S, tem que tirar dinheiro deles para passar para o jovem carente, para ele ter uma chance na sua vida de ter um emprego, de se qualificar e conseguir ter uma vida decente para o futuro. O Sistema S tem bilhões de reais em caixa, é inaceitável não aceitar contribuir com programa de qualificação de jovem carente”, opinou Sachsida.

Ele ainda apontou que o dinheiro arrecadado pelo sistema, cerca de R$ 20 bilhões, é ganho “às custas de todo trabalhador, de todas as empresas. É mais do que justo ajudar”.

Sachsida ainda falou de valores. “Estamos pedindo R$ 6 bilhões”, revelou.

O valor seria, por exemplo, para uma bolsa que será paga para jovens e também empresas. “Se não for assim, está condenando uma geração inteira de jovens pobres. Tenho certeza que o Sistema S vai pensar melhor e vai aceitar contribuir”, completou.

Questionado se o programa para jovens poderia ser financiado sem o dinheiro, o secretário desconversou. “Não vou dizer isso, o que vou dizer é uma coisa simples: o nosso país precisa que as instituições e as pessoas ajam à altura do desafio atual”, concluiu.

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