Procon-SP aponta que reclamações de compras online subiram 536% em 2 anos

O Procon-SP informou ontem sobre o balanço de reclamações relacionadas a compras online registradas no ano de 2021. Essas reclamações cresceram consideravelmente atingindo a marca de 653% em comparação a 2019, último ano antes do início da pandemia de covid-19.

O Procon informa que o crescimento das reclamações decorreu da pandemia de covid-19 e à mudança nos hábitos de compra. Nos dados divulgados ontem (11), foram 498.877 queixas em 2021 contra 301.672 em 2020, e 78.419 em 2019.

“Essa elevação, que tem nos preocupado, ocorreu em razão da pandemia, um contexto em que os estabelecimentos comerciais tiveram que ser fechados do dia para noite e não estavam preparados para fazer um atendimento de modo virtual”, disse o diretor executivo do Procon-SP, Guilherme Farid.

Preço do chocolate

Em uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon-SP, divulgada no dia 1°, mostra que o consumidor deve ficar atento aos preços durante a Páscoa. Foi observado que os valores de caixas de bombons, ovos e tabletes de chocolate podem variar até 224%.

De acordo com o levantamento, o chocolate Meio Amargo 40% de 92 g da Hershey’s foi encontrado em um estabelecimento pelo valor de R$ 12,46 e, em outro, a R$ 3,85. Diferença de R$ 8,61 em valor absoluto, ou 223,64%, o que pode ocasionar um grande prejuízo ao consumidor que não se atentar adequadamente.

Com relação às caixas de bombons, a discrepância encontrada também foi exorbitante, com 96,54% de diferença: a caixa de Sortidos Garotices de 250g da Garoto custava R$ 16,49 em uma loja e, em outra, R$ 8,39, diferença de R$ 8,10 em valor absoluto.

Já no caso do foco da páscoa que são os ovos de chocolate, a maior diferença encontrada foi de 144,65% no Ferrero Rocher de 365 g. Em um estabelecimento, o preço encontrado foi de R$ 178,35 e, em outro, R$ 72,90. Em valor absoluto, a diferença foi de R$ 105,45.

Queixas sobre compras online ao Procon

Entre as principais queixas dos consumidores, estão as referentes a atrasos ou não entregas dos produtos; seguido pelas queixas de cobranças indevidas. O Procon-SP também destacou ainda relatos de vendas feitas por sites falsos ou perfis de redes sociais falsos.

“Como medida de proteção ao consumidor e a fim de garantir que ele tenha onde reclamar caso tenha um problema, a instituição criou o selo Empresa Verificada. A ferramenta certifica que a empresa é cadastrada no Sistema Procon-SP Digital, plataforma em que é possível fazer reclamações, denúncias e tirar dúvidas”, ressaltou a fundação, em comunicado.

A recomendação do Procon-SP é que a compra seja feita de empresas que estão cadastradas no sistema, ou seja, aquelas que disponibilizaram os seus dados ao órgão de defesa e assinaram o cadastro com o certificado digital.

Além disso, Farid informou que, “além do selo, com o aumento das reclamações, o Procon-SP iniciou um processo de digitalização e informatização de todos os seus serviços, integrando as áreas de atendimento e de fiscalização. Com a desburocratização está sendo possível dar conta do aumento das demandas”.

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