Cenoura, café, diesel e gasolina: Veja quais foram os itens que mais subiram em março

A previsão da inflação do mês de março foi puxada principalmente pelo aumento dos preços dos alimentos e que inclusive foi a maior do mês de março dos últimos 7 anos. O IPCA acumulado dos últimos 12 meses já atingiu 10,79%, como resultado tivemos o preço da cenoura que disparou mais de 120% nos últimos 12 meses.

De fato, o aumento do preço dos alimentos juntamente com o preço do combustível, figuram entre os itens que mais estão pesando no bolso do consumidor brasileiro. Nesse meio tempo, já se completa 7 meses seguidos com uma inflação acima dos dois dígitos.

Nesta sexta-feira (25), o IBGE divulgou o resultado prévio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), marcando um aumento de 0,99% para o mês de março. Ao passo que, nos últimos 12 meses a inflação acumulada já atinge os 10,79%.

Cenoura figura no topo do aumento de preços para os alimentos

Mais precisamente no caso da cenoura, a alta do alimento já chega a 120% nos últimos 12 meses. Logo em seguida, o destaque é para o aumento do tomate e café, que acumulam saltos de até 60%. Ao passo que em relação aos combustíveis, o diesel acumula um aumento de 38,27% e a gasolina subiu 27,68%.

Durante a passagem de fevereiro até março, houve uma alta em todos os 9 grupos de produtos incluídos na lista do IPCA, com grande destaque para o aumento dos alimentos e bebidas, além dos efeitos que isso causou para uma inflação tão alta como está sendo visto ao longo dos últimos 12 meses.

Na sequência, os maiores impactos se deram nos grupos da saúde e cuidados pessoais (1,30%) e transportes de até (0,68%). Juntamente, os três grupos representam atualmente cerca de 75% do impacto total do IPCA-15 que foi registrado em março.

Meta do BC para a inflação em 2022 aponta para não ser alcançada

Atualmente, a expectativa do mercado financeiro acabou ficando mais pessimista nas últimas semanas, sobretudo pelo aumento do preço dos alimentos e dos altos reajustes do preço do combustível que foram feitos pela Petrobras. Sendo assim, o mercado já realizou uma expectativa de uma inflação que feche 2022 em 6,59%.

Quem também revisou a sua expectativa foi o Banco Central, que antes previa um 2022 com uma inflação que chegaria a até 4,7% e que agora já estaria em 7,1%. Desta forma, o BC admitiu que pelo segundo ano consecutivo a meta de inflação não deverá ser cumprida, frustrando as expectativas de boa parte do mercado.

Também nesta semana, além da pauta que envolve o preço dos alimentos e o reajuste do preço dos combustíveis, o Banco Central se reuniu e emitiu um comunicado através de seu Presidente, Roberto Campos Neto. 

Ocasionalmente, se a Selic continuar nesse ciclo de alta, chegando a até 12,75% em 2022, é bem provável que sobretudo o financiamento tenha uma queda ao longo do ano.

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