Aprovação de Lula aumenta entre usuários do Bolsa Família, diz pesquisa

Nova pesquisa Quaest aponta que o presidente Lula teve um aumento da popularidade entre usuários do Bolsa Família

O Bolsa Família do Governo Federal sempre foi visto por boa parte da população como um dos grandes triunfos políticos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em seu terceiro mandato à frente do Palácio do Planalto, parece que pouca coisa mudou neste sentido. Ao menos é o que aponta uma pesquisa do Instituto Quaest, divulgada nesta quarta-feira (21).

Segundo o levantamento, o presidente Lula tem a aprovação de nada menos do que 69% dos usuários que recebem o Bolsa Família. Quase sete em cada 10 beneficiários do programa do social consideram que o terceiro mandato do petista é ótimo ou bom. Em abril deste ano, este patamar era de 68%, ou seja, houve um leve aumento da aprovação.

Ao mesmo passo, cresceu também o número de insatisfeitos com o governo. Ainda considerando apenas os usuários do programa Bolsa Família, a pesquisa aponta que 28% acham o governo do presidente Lula ruim. Em abril, esta margem era de 26%. Veja abaixo:

Aprovação do governo Lula entre quem recebe o Bolsa Família.

  • Aprovam: 69% (+1 em relação ao mês de abril);
  • Desaprovam: 28% (+2 em relação ao mês de abril);
  • Não sabem/ Não responderam: 3% (-3 em relação ao mês de abril).

Já entre os que não recebem o dinheiro do Bolsa Família, o cenário muda um pouco. Neste caso, há um nítido equilíbrio maior entre os que aprovam e os que não aprovam o Governo Federal. De todo modo, também há uma boa notícia para o Planalto neste segmento. Mesmo entre estas pessoas, houve um crescimento da popularidade.

Aprovação do governo Lula entre quem não recebe o Bolsa Família.

  • Aprovam: 52% (+6 em relação ao mês de abril);
  • Desaprovam: 43% (-4 em relação ao mês de abril);
  • Não sabem/Não responderam: 5% (-2 em relação ao mês de abril).
Aprovação de Lula aumenta entra usuários do Bolsa Família, diz pesquisa
Lula e o Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias. Imagem: Marcel Camargo/ Agência Brasil

O Bolsa Família com Lula

Neste terceiro mandato do presidente Lula, o Bolsa Família passou por uma série de remodelações. Os dados mais recentes apontam que pouco mais de 21 milhões de pessoas estão aptas ao recebimento do saldo. Em junho, o pagamento médio atingiu a marca dos R$ 705, o que indica o maior valor da história de um programa social no Brasil.

O patamar de pagamentos foi elevado porque a partir de agora, o Governo Federal está considerando a quantidade de integrantes que residem em uma mesma casa para definir o valor que será pago. Quanto mais pessoas residirem em um mesmo local, maior será o patamar repassado. Uma casa com 10 membros, por exemplo, poderá receber R$ 1.420 por mês, ou seja, mais do que um salário mínimo, que hoje paga R$ 1.320.

Para além do valor regular, o Governo Federal também está fazendo pagamentos de adicionais. Neste mês de junho, há repasses extras de:

  • R$ 50 para famílias que tenham crianças com idade entre sete e 12 anos;
  • R$ 50 para famílias que tenham adolescentes com idade entre 13 e 18 anos incompletos;
  • R$ 50 para famílias que tenham mulheres gestantes;
  • R$ 50 para famílias que tenham mulheres lactantes;
  • R$ 150 para famílias que tenham crianças com idade de zero a seis anos.

Críticas nas redes

Ao verificar os dados desta pesquisa que aponta para um aumento na popularidade de Lula entre quem recebe o Bolsa Família, o cidadão pode se questionar sobre o resultado. Afinal de contas, é comum ver nas redes sociais várias pessoas que estão criticando o governo pela perda do benefício nos últimos meses.

A explicação pode estar no próprio questionamento. A Quaest considerou apenas as pessoas que recebem o Bolsa Família. Quem perdeu o benefício, seja de maneira justa ou não, não foi questionado sobre a atuação do governo. A aprovação de Lula cresceu no grupo de pessoas que seguem recebendo o benefício, ou seja, usuários que não foram excluídos do projeto.

Mais de 1,5 milhão de pessoas foram excluídas do programa desde o início deste ano, segundo dados do Governo Federal.

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