Quem compra na SHEIN ou SHOPEE terá MUDANÇAS

A “guerra” com o governo brasileiro finalmente foi resolvida

A cada dia que passa, a presença do comércio eletrônico ganha maior destaque em âmbito global. Nosso país também acompanha essa tendência. No momento atual, mais de 60% dos brasileiros optam por realizar suas compras pela internet, por exemplo, na Shein e Shopee, revelando o contínuo interesse da população por esse universo.

Nesse contexto, plataformas internacionais têm conquistado enorme popularidade no Brasil, graças aos preços competitivos e à diversidade de produtos que oferecem. No entanto, é importante que os consumidores que efetuam compras em sites, como Shein e Shopee estejam alertas. Uma mudança nas políticas governamentais pode impactar diretamente os clientes dessas lojas virtuais.

Alterações nas normas para compras na Shein e Shopee anunciadas pelo Governo Federal

Os acontecimentos relacionados ao novo governo liderado por Lula têm sido tumultuados, como é comum durante um período de transição. No entanto, quando se trata de políticas de comércio internacionais, a situação pode se tornar ainda mais complexa.

Em algum momento deste ano, o Ministério da Fazenda divulgou que novas taxas seriam aplicadas nas compras realizadas em plataformas como Shein, Shopee e AliExpress.

Após causar muita confusão entre os internautas, o governo optou por adiar a decisão final. No entanto, parece que a decisão final está próxima. Recentemente, a Secretaria Especial da Receita Federal publicou um comunicado no Diário Oficial da União (DOU) sobre as condições das compras em plataformas estrangeiras.

Essa publicação oficializa o lançamento do Remessa Conforme, cuja implementação está prevista para iniciar no próximo mês de agosto. O programa trará alterações nas regras relativas aos prazos de envio internacional de mercadorias, bem como possíveis taxações. Vale ressaltar que o foco do programa está nas próprias empresas, que terão a oportunidade de se inscrever até a data de início oficial da medida.

Mais detalhes sobre as mudanças implementadas

Mas, quais são as mudanças que o Remessa Conforme pretende implementar, sobretudo para as empresas internacionais? Em primeiro lugar, as empresas participantes receberão tratamentos especiais, com procedimentos aduaneiros mais ágeis e econômicos. Além disso, terão o privilégio de antecipar suas prestações de contas com a Receita Federal.

Adicionalmente, o Remessa Conforme oferece vantagens relacionadas ao envio de produtos e ao pagamento de impostos. O programa proporciona isenção do Imposto de Importação, reduzindo os custos associados ao processo de exportação para essas empresas. No entanto, é importante ressaltar que os participantes também devem se comprometer a combater a pirataria, sendo estritamente proibido o comércio de produtos falsificados.

Quem compra na SHEIN ou SHOPEE terá MUDANÇAS
A “guerra” com o governo brasileiro finalmente foi resolvida – Imagem: Adobe Stock

Novo galpão da Shein em Guarulhos

No início de julho, a GLP, empresa especializada em galpões logísticos, revelou que a Shein planeja inaugurar um novo centro de distribuição em Guarulhos. O contrato firmado no empreendimento classe AAA, conhecido como GLP Guarulhos II, resultará no maior galpão já construído pela empresa no Brasil, com uma área de 135 mil m².

O gerente da Shein no Brasil, Felipe Feistler, expressou que esse terceiro galpão representa um grande avanço para a capacidade logística da gigante chinesa de e-commerce no país. Além disso, ele é estrategicamente localizado próximo a um dos maiores centros de consumo brasileiro: São Paulo.

O objetivo da empresa é proporcionar a melhor experiência de compra possível aos consumidores, e a agilidade na entrega é um fator-chave para alcançar esse objetivo. A GLP também fornece galpões para outras grandes empresas varejistas no Brasil, como o Magazine Luiza e Mercado Livre.

Ao longo do ano, o governo considerou a possibilidade de taxar produtos das plataformas de comércio eletrônico chinesas, incluindo a AliExpress, Shein e Shopee. Para os varejistas brasileiros, essa competição com as empresas de e-commerce chinesas é considerada desleal devido aos impostos mais baixos e aos custos trabalhistas reduzidos que elas desfrutam.

Em resposta a esse contexto, a Shein anunciou um investimento significativo no Brasil em abril deste ano, reservando até R$ 750 milhões para desenvolver uma rede de fabricantes, criando milhares de empregos no setor têxtil do país. Até o momento, parcerias foram firmadas com a Coteminas e a Santanense.

Além disso, a Shein tem planos de lançar um marketplace para vendedores locais, visando disponibilizar uma variedade ainda maior de peças e reduzir o tempo de entrega. Com esse modelo, a expectativa é impulsionar pequenos negócios, que terão a oportunidade de estabelecer uma base de clientes por meio do site e do aplicativo da Shein.

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