Proposta prevê retirada de imposto para diminuir preço da cesta básica

Proposta prevê a retirada do ICMS sobre todos os produtos da cesta básica, para diminuir o preço da feira no supermercado

Em São Paulo, uma proposta prevê a retirada do Imposto sobre Circulação de Mercadorias ou Serviços (ICMS) sobre os produtos da cesta básica. Trata-se de uma promessa de campanha do candidato Fernando Haddad (PT). O petista está concorrendo ao governo do estado, e deu a declaração durante um evento no final da última semana.

“Outra forma de aumentar o poder de compra do trabalhador é reduzir aquilo que é essencial, o preço do que é essencial. A cesta básica e a carne não vão mais pagar ICMS”, disse Haddad durante um evento. Em uma entrevista em São Bernardo do Campo no último sábado (27), o candidato voltou a fazer a promessa.

“No ano que vem, a carne vai baixar cerca de 10% no açougue e o teu salário vai aumentar. Então, o poder de compra do seu salário vai aumentar de duas maneiras, porque o salário vai aumentar um pouco, repondo perdas e a comida saudável, na mesa da família, vai baixar o preço e o estado de São Paulo vai deixar de ter a cesta básica mais cara do país”, continuou o candidato do PT.

Dieese

Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostram que o preço da cesta básica está crescendo em um ritmo acelerado nos últimos meses. A reclamação da vez é o valor do leite. Trabalhadores estão percebendo que o item e os seus derivados estão aumentando muito nas prateleiras dos mercados brasileiros. A elevação é resultado do aumento da inflação.

No caso específico de São Paulo, por exemplo, um Auxílio Brasil não é suficiente para comprar uma cesta básica. Mesmo depois do aumento de R$ 400 para R$ 600 no valor do programa, o patamar ainda não compra os alimentos essenciais. Dessa forma, muitas pessoas ainda precisam de uma segunda renda para não passar fome.

Fome no Brasil

O candidato Fernando Haddad também criticou as recentes declarações de Bolsonaro de que os brasileiros não passam fome. Em entrevista recente, o presidente questionou os dados que apontam que mais de 33 milhões de brasileiros não se alimentam direito por falta de dinheiro no país.

“Se o Bolsonaro pisar nas ruas de São Paulo, eu duvido que ele ande mais de 500 metros sem esbarrar em uma pessoa que está passando fome. Um idoso, uma mulher ou uma criança que está passando fome, eu duvido”, disse o petista.

Na mesma declaração, Haddad também garantiu que vai aumentar o salário mínimo do estado de São Paulo de R$ 1.284 para R$ 1.584. Nas contas do candidato, a elevação seria suficiente para aplicar a reposição da inflação.

Salário mínimo x cesta básica

Com o aumento da inflação no país, os brasileiros estão se deparando com aquilo que se chama de perda do poder de compra. Em resumo, as pessoas não podem mais comprar aquilo que compravam em anos anteriores por causa da elevação do preço dos produtos.

Mesmo com uma deflação de -0,68% em julho, o fato é que ao fazer uma feira, os cidadãos estão percebendo uma piora na situação, já que os alimentos tiveram uma alta de 1,30% neste mesmo período.

Considerando os sete primeiros meses deste ano, dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apontam que o custo da cesta básica aumentou em 16,4%, com uma inflação calculada em 9,33% no mesmo período.

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