Novo golpe: Clonagem de WhatsApp por meio de contas falsas no Instagram

No que se refere a parte desagradável do assunto, criminosos se aproveitam dos novos recursos para aplicarem seus golpes de forma mais fácil.

O avanço constante da tecnológica traz muitos pontos positivos como negativos. No que se refere a parte desagradável do assunto, criminosos se aproveitam dos novos recursos para aplicarem seus golpes de forma mais fácil.

Com recorrência vemos em portais de informações, conversas paralelas nas ruas e em outros ambientes, o comentário que alguém caiu em algum golpe por meio de alguma rede social. Os índices só crescem e preocupam ainda mais a população.

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Golpe de clonagem do WhatsApp com perfil falso do Instagram

Este é um dos mais novos recursos estrategicamente criados por criminosos virtuais. A ação é iniciada na plataforma do Instagram com um perfil falso. Na ocasião, o golpista entra em contato com a vítima pela rede social e a oferece algo bastante chamativo.

No entanto, para que essa oferta seja “aproveitada”, é necessário que o cidadão informe alguns dados pessoas, como o nome completo e o número de telefone. Na sequência, os criminosos enviam um código via SMS para confirmar o contato.

Com isso, é neste momento que a pessoa se torna uma vítima. O código enviado via SMS nada mais é que o código de ativação do WhatsApp. A ação permite que o criminoso tenha acesso a conta do mensageiro por outro dispositivo. Neste sentido, caso não tenha habilitado a autenticação em duas etapas, a conta será invadida.

Coleta de dados para clonar o WhatsApp

Não se engane acreditando que esta é a única forma de invadir o WhatsApp. Segundo o especialista em segurança da informação da ESET, Daniel Barbosa, há vários golpes capazes de convencer o cidadão a passarem seus dados. “O principal ponto é que quase todos se utilizam de engenharia social“, argumentou.

“Independentemente da abordagem, eles vão precisar, minimamente, do seu nome e número de telefone”, explicou. “Todo o restante serão informações adicionais que poderão complementar a segunda parte do golpe, que normalmente é abordar a lista de contatos da vítima e solicitar transferências ”, concluiu.

O advogado especialista em direito digital, Adriano Mendes, ressalta que com os dados coletados pelos criminosos podem facilitar o acesso a e-mails e redes sociais das vítimas com a finalidade contratar empréstimos ou solicitar dinheiro a parentes e amigos, ou até mesmo ter acesso e roubar valores de contas bancárias.

“Parte dos golpes consiste em envolver a pessoa em uma conversa telefônica para, durante a ligação, pedir que ela confirme um código enviado por SMS”, explicou. “A vítima, desavisada, acaba muitas vezes respondendo as informações e só percebe que caiu em um golpe quando procurada por seus contatos ou depois de algum tempo.”

Falsos perfis violam políticas do Instagram

De acordo com o Instagram, contas que tentam se passar por outras pessoas ou estabelecimentos comerciais fogem das regras da rede social.

“Fingir ser outra pessoa, marca ou negócio viola as Diretrizes da Comunidade do Instagram. Temos uma equipe dedicada para detectar e impedir esses tipos de golpes e encorajamos as pessoas a denunciarem quaisquer contas ou atividades suspeitas no Instagram por meio das nossas ferramentas de denúncia.

Nota do Facebook

Segundo o WhatsApp, também não é permitido o uso do serviço para fins ilícitos ou não autorizados, aliás, que violam terceiros ou se passa por eles. Além disso, o mensageiro informa que não entra em contato com seus usuários solicitando qualquer tipo de recadastramento de senha ou de confirmação em duas etapas.

“Sempre que uma conta de WhatsApp é ativada em um novo aparelho, o sistema envia um código por SMS para verificar o número”, disse em nota.

Como evitar tais golpes?

O WhatsApp bem como o Instagram oferece meios para reforçar a segurada nas plataformas. Além da possibilidade de conseguir denunciar alguma conta que esteja se passando por uma pessoa ou por um estabelecimento na rede social, o mensageiro permite que o usuário habilite a autenticação em duas etapas.

Além disso, o Instagram recomenda que os usuários desconfiem de ofertas com preços muito abaixo dos cobrados no mercado. “Empresas raramente possuem perfis privados, nos quais você precisa de autorização para seguir”, ressaltou. Também é possível procurar o selo de verificação para dá mais segurança quando trocar dados com alguma conta na plataforma.

Ainda, de acordo com o especialista da ESET, o primeiro passo sempre é desconfiar de “qualquer tipo de abordagem passiva, ou seja, que você não solicitou diretamente, que venha a pedir seus dados, é um golpe em potencial”, disse. Nesta situação, o mais seguro é recusar a oferta, evitar o contato e denunciar o perfil supostamente falso.

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