Nova York presta homenagem aos seus mais de 30 mil mortos pela Covid-19

Neste domingo (14), Nova York, nos Estados Unidos, prestou homenagem aos seus mais de 30 mil mortos por Covid-19, marcando o aniversário de um ano da primeira morte pela doença na cidade.

Líder no ranking de óbitos pelo novo coronavírus, Nova York realizou uma cerimônia virtual e projetou imagens das vítimas da doença na Ponte do Brooklyn, um dos seus principais pontos turísticos.

“Perdemos mais nova-iorquinos do que na Segunda Guerra Mundial, na Guerra do Vietnã, no furacão Sandy e no 11 de Setembro juntos. Cada família foi afetada e, para tantas famílias, há dor, uma dor na carne viva”, disse o prefeito Bill de Blasio durante a cerimônia virtual transmitida ao vivo, após pedir um minuto de silêncio em homenagem às vítimas.

Os profissionais da saúde foram lembrados pelo prefeito, que os chamou de “heróis da saúde” que “salvaram vidas”. De Blasio também pediu para a população se lembrar dos bons tempos vivos em Nova York antes da pandemia.

“Aconteça o que acontecer, ninguém pode tirar as danças que você teve”, disse o prefeito em espanhol nesta cidade onde um terço dos imigrantes é de origem latina, citando o escritor colombiano e ganhador do Prêmio Nobel de Literatura Gabriel García Márquez.

“Ombros a ombro, ajudando-nos uns aos outros, vamos retomar nossa cidade”, prometeu o prefeito Bill de Blasio.

Homenagem às vítimas da Covid-19 em NY

A cerimônia virtual começou com um recital da Filarmônica de Nova York em frente a velas acesas na Ponte do Brooklyn, um dos principais pontos da cidade. Na ponte foram projetadas imagens em preto e branco de algumas das 30.258 vítimas da Covid-19 em Nova York.

A jovem poeta Serena Yang participou da homenagem recitando um poema original que diz que “Uma cidade que nunca dorme é uma cidade que nunca se esquece”.

O bispo negro Hezekiah Walker, popular artista gospel e pastor da grande Igreja do Brooklyn Love Fellowship Tabernacle, fez uma apresentação animada ao lado do seu coro The Love Fellowship.

Além da poeta e do bispo, a Carolina Juárez Hernández, uma jovem mexicano-americana, falou sobre a morte de seu pai por conta da Covid-19 em abril de 2020, quando Nova York era epicentro global da pandemia.

“Toda minha família testou positivo para covid”, contou a jovem que recebeu alta hospitalar assim que o seu pai foi internado.

“Não me dei conta de que não podia ir com ele, não pensei em lhe dar um abraço de despedida, queria mantê-lo animado, então apenas lhe disse ‘Conversaremos mais tarde, pai’. Até hoje me arrependo de não ter dado esse abraço nele, porque nunca mais o vi pessoalmente”, lamentou Carolina.

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