“Nós estamos fazendo a nossa lição de casa”, diz Paulo Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que vê princípios fortes no cenário econômico do país. A fala foi dita mesmo diante da inflação, da alta do dólar se comparado ao real e o significativo desemprego no Brasil. A declaração foi dada nesta sexta-feira (20) e as informações são do G1.

“Nós estamos fazendo a nossa lição de casa, o fiscal está forte, agora tem essa narrativa política e os desajustes internos, gente pressionando para gastar mais, quer ser eleito ano que vem, uma confusão danada, mas o presidente tem mantido esse compromisso com a responsabilidade fiscal, com o teto de gastos, ele tem me dado apoio”, disse em transmissão ao vivo.

Na ocasião o ministro também disse que o Auxílio Brasil, uma reformulação do Bolsa Família, não deve extrapolar a lei de teto de gastos e a responsabilidade fiscal. Em outras declarações Paulo Guedes já tinham sinalizado que a ideia era lançar o benefício ainda em novembro, com o fim do auxílio emergencial.

Paulo Guedes ainda comentou sobre a Proposta de Emenda á Constituição (PEC) dos Precatórios e que o parcelamento não deve ir contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. A proposta prevê o pagamento de “superprecatórios” em até 10 anos, mas nem todos os valores serão parcelados, dívidas do governo de até R$ 455 mil devem ser pagas à vista.

Paulo Guedes diz que “barulheira política” atrapalha

Na mesma transmissão, sem dar nomes, Paulo Guedes, criticou o que ele chamou de “barulheira política”.

“Estamos fazendo uma sequência de reformas importantes, no momento que estamos avançando, há uma agudização dos confrontos políticos. De um lado, eu confio muito na democracia e nas nossas instituições, mas alguns atores estão se excedendo. Isso para todo lado”, disse. E continuou: “É essa barulheira política que está contaminando a economia. E barulheira política tem dois lados”.

E o que passa do limite, também foi dito por Paulo Guedes: “Tem um ex-deputado que ameaça o Supremo, aí o Supremo começa a quebrar sigilo, prender pessoas. Quer dizer, você começa a entrar num regime estranho. O presidente está governando, antes você trombava com escândalos em cada esquina, hoje tem que fazer uma CPI enorme, que começa com vacina, já tá em fake news, ela tá procurando, é uma caçada até achar, aí o presidente reage”.

E pediu a mudança de atitudes. “Tem atores que estão em luta. Eu espero justamente que as instituições moderem os atores, só isso”, finalizou.

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