Reforma tributária pode ser cancelada; saiba porque

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira (20) que se perceber que a reforma tributária vai piorar o sistema, é melhor não seguir adiante com a proposta. A fala aconteceu em audiência pública no Senado e as informações são do G1.

Até agora duas etapas da reforma tributária já foram enviadas ao Congresso, de uma proposta que o governo federal está enviando em etapas.

A primeira diz respeito a unificação do PIS e da Confins e a transformação em um único imposto de taxa única. Já segunda, deverá trazer importantes alterações na declaração de imposto de renda tanto de pessoas físicas, como jurídicas. Entre os pontos previstos está a taxação de dividendos, que são os lucros repassados aos acionistas, além do aumento da faixa de isenção do imposto de renda para pessoas físicas.

“Não vamos fazer nenhuma insensatez. Quero deixar claro o seguinte: eu prefiro não ter reforma tributária do que piorar. Tem muita gente gritando que está piorando, mas é quem vai começar a pagar. Temos que ver mesmo se vai piorar ou não. Se chegarmos à conclusão de que vai piorar, eu prefiro não ter. Piorar, para mim, é aumentar imposto, tributar gente que não pode ser tributada, é fazer alguma coisa que prejudique Estado ou município, que eu acho que não está prejudicando”, avaliou o ministro da Economia.

Na audiência de ontem Guedes fez questão de comentar sobre a taxação de lucros e dividendos da empresa em 20%. “Para quem está aumentando [tributação]? Para lucros e dividendos. Se pagou na empresa, não pagou nada, pagou zero. Quem pagou foi a sua empresa. No Brasil, está cheio de gente rica e empresa pobre. O Brasil tem empresas extraordinárias, que sobreviveram a esse manicômio tributário”, explicou.

Reforma tributária e resistência

O relatório já deixou de ser votado três vezes, sendo jogado para uma data seguinte, o que demonstra que não há tanta aceitação assim dos parlamentares. As informações são da Jovem Pan.

O senador Roberto Rocha, do PSDB, criticou o governo já que a reforma, de acordo com ele, não é ampla e sim altera detalhes. “Aprendi que brigar não é bom, sabendo que vai perder é burrice. Vamos concluir essa sessão e convidar outro senador pra seguir os trabalhos. E vou apresentar de forma impreterível na próxima semana meu relatório e cumprindo meu papel de relator na PEC 110 no Senado Federal para alterar de fato a base de consumo que é onde tá a maioria ou a totalidade das pessoas mais pobres desse país. E é onde realmente a gente pode desatar a nossa economia”, disse.

Já Guedes falou que busca uma reforma tributária abrangente, mas é necessário atuar dentro das possibilidades lidando com a dificuldade de alinhar os interesses. E que então, as alterações poderiam ser apenas o início.

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