Índice de commodities: Banco Central aponta elevação dos preços

O Banco Central aponta elevação dos preços nos índices de commodities. Confira outros pontos relevantes para a economia!

Banco Central e a elevação dos preços de commodities

Conforme informações oficiais do Banco Central, os preços de commodities continuaram subindo no mercado internacional enquanto a taxa de câmbio apresentou depreciação – combinação de fatores inflacionária e atípica, já que a correlação usual entre as variáveis é negativa. 

O último relatório oficial de inflação aponta que, medido em reais, o IC?Br subiu 8,05%24. Foi observada heterogeneidade relevante entre as diversas commodities. De um lado, pode se destacar o recuo expressivo no preço do minério de ferro (?41,82%, em dólares). Assim, refletindo em boa medida questões regulatórias na China. 

Os preços internacionais das commodities agropecuárias subiram

Entre as commodities energéticas, por outro lado, houve alta de carvão e gás natural, mas estabilidade do preço do petróleo. Dessa forma, os preços internacionais das commodities agropecuárias subiram, algumas delas, como milho e açúcar, refletindo parcialmente as condições climáticas no Brasil. 

Conforme aponta o relatório, os preços ao produtor continuaram aumentando, mas em ritmo menor. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,96%no trimestre encerrado em agosto, mostrando arrefecimento significativo em relação à variação de 10,00% observada no trimestre anterior.

Queda no preço do minério

Segundo o relatório do BCB, a considerável queda no preço do minério de ferro representou a principal contribuição para a moderação da alta dos preços ao produtor. Os preços dos demais componentes registraram desaceleração significativa, mas seguiram apresentando elevação relevante. 

Além disso, em particular, os preços da indústria de transformação excluindo alimentos, bebidas e combustíveis – medida que filtra alguns dos componentes mais voláteis – subiram 5,56%, sugerindo continuidade da pressão sobre os preços de bens industriais em geral. Na construção civil os custos também continuam apresentando alta sustentada. 

Alta no custo da mão-de-obra

Os preços de materiais, que nos doze meses encerrados em agosto subiram 28,28%, exerceram a principal pressão nos custos. Houve, contudo, moderação na alta na ponta. O custo com mão?de?obra também apresenta alta significativa, de 6,65% no período, mais próxima do observado em 2016 e 2017 do que de 2018 a 2020. 

De acordo com o relatório, essa alta é consistente com outras evidências que sugerem repasse da inflação para os salários nominais. Ainda que seja observada alguma perda real. 

O relatório oficial de inflação ressalta que as informações consideram a média dos cinco dias úteis encerrados nas respectivas datas de corte deste relatório e de sua edição anterior.

Além disso, apesar da estabilidade no preço do petróleo, o preço da gasolina e do gás liquefeito de petróleo (GLP) tiveram alta relevante. Contudo, estes combustíveis não são incluídos no Índice de Commodities – Brasil (IC?Br), ressalta o Relatório de Inflação, disponibilizado pelo Banco Central do Brasil. 

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