PIB será impactado com fim do auxílio emergencial e suspensão do Renda Brasil

Se o auxílio emergencial continuasse sendo pago em 2021, estimativa do PIB seria de 4%

Com o fim do auxílio emergencial e a desistência do governo sobre a criação do Renda Brasil, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil previsto para o ano que vem pode ter impacto negativo de até 2,4%. O Renda Brasil substituiria o Bolsa Família e serviria como uma continuação do auxílio emergencial para alguns brasileiros.

A consultoria MP Associados estima que, mesmo com essa perda, após a pandemia do PIB do Brasil pode recuperar o fôlego. A estimativa da consultoria é de que o PIB do Brasil deve aumentar 2,2% em 2021, após cair 4,8% neste ano. Entretanto, se o auxílio emergencial fosse mantido ano que vem, a estimativa seria de crescimento de 4% em 2021.

“É o impacto de retirar de uma vez recursos tão significativos como foram dados. O efeito no crescimento é inevitável, mas coloca uma questão política à frente para Bolsonaro sobre um país de crescimento baixo e restrição fiscal”, disse a MB Associados em nota.

A criação do Renda Brasil foi suspensa no início da semana passada. Waldery Rodrigues, secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia, havia falado em entrevista que havia a possibilidade de congelar aposentadorias e pensões para a criação do novo programa. Rapidamente, Bolsonaro veio a público desmentir e criticar essa ideia. O presidente proibiu sua equipe de continuar discutindo a criação do programa.

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