Economia brasileira: 42% da população acreditam que a situação vai melhorar nos próximos meses

Com o desencadeamento da pandemia do Coronavírus no mundo, muitos países e regiões passaram por grandes dificuldades, principalmente na economia. Com o Brasil não é diferente, já que a taxa de desemprego bateu o recorde, subindo para 14,7% após um pouco mais de um ano de pandemia, contra 11,6% no mesmo período do ano passado.

Porém com o avanço da vacinação a perspectiva é de melhora. Para 42% da população a situação da economia brasileira vai melhorar nos próximos meses. Isso é o que mostra a pesquisa do Datafolha divulgada pelo jornal “Folha de S.Paulo” na manhã desta sexta-feira (24), véspera de Natal.

Do restante dos entrevistados, 20% acreditam que a situação ainda vai piorar e outros 35% afirmam que continuará igual. Isso demonstra um aumento na esperança dos brasileiros, já que no fim do ano passado, apenas 28% avaliavam que a economia iria melhorar em 2021, 41% acreditavam numa piora e 28% numa estabilidade.

O levantamento foi realizado entre os dias 13 a 16 de dezembro, com 3.666 participantes em 191 municípios espalhados por todo Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais para baixo ou para cima.

70% dos brasileiros enxergam situação econômica do país como ruim ou péssima

De acordo com uma pesquisa divulgada no início deste mês pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Instituto FSB, 23 % da população consideram ruim a atual situação da economia no país, enquanto outros 47% julgam péssima. isso representa que mais de 70% consideram que a economia brasileira está no mínimo caótica.

O cenário em que está tudo normal em relação aos preços dos produtos, alcança apenas 8% dos entrevistados, para os quais a situação econômica do Brasil é boa (7%) ou ótima (1%). Outros 21% alegam entender que a situação não é nem boa, nem péssima, mas sim regular.

O levantamento divulgado pela CNI contou com a participação de 2.016 entrevistados, com idades a partir de 16 anos, nos 27 estados brasileiros, entre os dias 18 e 23 de novembro de 2021. Para 64% deles a economia ainda nem começou a se recuperar dos impactos da pandemia de Covid-19. Apenas 22% acreditam o contrário e que em comparação com o último semestre, a economia melhorou.

Todavia, apesar da divisão de opiniões sobre a recuperação ou não da economia pós pandemia, a grande maioria dos entrevistados (80%) concordam em uma coisa: o momento atual é uma das piores crises econômicas pelas quais o país já passou.

As incertezas e percepções negativas sobre a economia podem desacelerar a produtividade em diversos setores

Para Marcelo Azevedo, gerente de análise econômica da CNI, as indecisões e a percepção negativa da atual situação podem resultar em uma desaceleração em cadeia para vários setores produtivos.

“Isso faz com que a população limite algumas decisões de consumo por conta dessa incerteza, dessa preocupação, e isso acaba prejudicando a demanda por produtos industriais. Cria uma incerteza sobre a demanda para a própria indústria. Faz com que os empresários decidam postergar decisões de aumentar produção, aumentar emprego ou mesmo investimento”, salientou Azevedo.

A inflação foi outro ponto importante levantado pela pesquisa da CNI, e três a cada quatro entrevistados afirmaram estar sentido a alta desenfreada da mesma. E não é para menos, já que de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ela está em 8,24% no ano, até outubro, e acumula 10,25% nos últimos 12 meses.

A inflação foi um ponto levantado também pela pesquisa do Datafolha, onde 6% dos brasileiros dizem que a inflação deve cair nos próximos meses, 46% avaliam que ela irá subir e 23% afirmam que vai ficar como está.  Isso demonstra a insatisfação da população com o atual cenário da economia do país.

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