Crédito de PIS e COFINS no comércio atacadista: confira nova orientação da Receita Federal

A Receita Federal do Brasil (RFB) recentemente emitiu uma solução de consulta que lança luz sobre o direito ao crédito de PIS (Programa de Integração Social) e COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) no contexto do comércio atacadista.

Crédito de PIS e COFINS no comércio atacadista: confira nova orientação da Receita Federal

A solução de consulta oferece esclarecimentos essenciais sobre quais hipóteses geram e não geram direito ao crédito dessas contribuições no cenário do comércio atacadista.

Comércio atacadista em foco

O caso avaliado pela RFB envolve uma empresa dedicada ao comércio atacadista de máquinas e equipamentos utilizados na indústria. Além disso, a empresa desempenha atividades secundárias, como apoio à extração de petróleo e gás natural, manutenção e reparo de máquinas para a prospecção e extração de petróleo, bem como serviços de engenharia.

Esclarecimento sobre o direito ao crédito

A nova solução de consulta da Receita Federal concentra-se em esclarecer os aspectos relacionados ao direito ao crédito de PIS e COFINS no comércio atacadista. Dentre as várias situações abordadas, destacam-se as seguintes:

Locação de veículos, máquinas e equipamentos (com cessão de mão de obra)

A RFB determina que a locação de veículos, máquinas e equipamentos, quando envolve a cessão de mão de obra, não se enquadra no conceito de insumo. Por conseguinte, os gastos decorrentes dessa modalidade não são considerados passíveis de gerar créditos de PIS e COFINS.

Gastos com combustíveis

Em relação aos gastos com combustíveis, a solução de consulta estabelece uma abordagem diferenciada. A Receita Federal reconhece que é possível descontar créditos de PIS e COFINS nos casos em que os combustíveis são empregados em veículos, máquinas e equipamentos, desde que esses recursos sejam utilizados diretamente na prestação de serviços.

Fornecimento de uniformes para empregados de manutenção

Outro ponto relevante abordado pela RFB é o direito ao crédito relacionado ao fornecimento de uniformes aos empregados que atuam nos serviços de manutenção. Em suma, a solução de consulta confirma que esses gastos com uniformes podem gerar créditos de PIS e COFINS.

Em resumo, a Receita Federal esclareceu, por meio de uma nova solução de consulta, diversas situações que envolvem o direito ao crédito de PIS e COFINS no contexto do comércio atacadista. Contudo, é importante que as empresas desse segmento estejam cientes das orientações fornecidas para garantir o correto aproveitamento desses créditos, evitando eventuais complicações fiscais.

Uma vez que ao compreender as especificidades das despesas elegíveis para geração de créditos, as empresas do comércio atacadista podem otimizar seus processos internos e manter sua conformidade com as regulamentações vigentes.

No entanto, sempre é recomendado contar com o auxílio de profissionais especializados na área tributária para garantir a aplicação correta das regras e regulamentações fiscais.

Crédito de PIS e COFINS no comércio atacadista: confira nova orientação da Receita Federal
Crédito de PIS e COFINS no comércio atacadista: confira nova orientação da Receita Federal. Imagem: Canva

Sobre o papel do PIS e da COFINS

Em suma, o PIS e a COFINS são contribuições federais que têm como objetivo financiar programas sociais, projetos de infraestrutura e outras atividades governamentais. O PIS foi criado em 1970 com o propósito de integrar o trabalhador ao desenvolvimento da empresa, enquanto a COFINS foi instituída em 1991 para contribuir para o financiamento da seguridade social.

Funcionamento e modalidades

Essas contribuições operam por meio de diferentes modalidades, cada uma com suas próprias regras e alíquotas. No caso do PIS, existem duas formas de arrecadação: o PIS-Folha e o PIS-Importação.
Desse modo, o primeiro incide sobre a folha de pagamento das empresas, enquanto o segundo recai sobre as importações de produtos.

No que diz respeito à COFINS, também há modalidades distintas. A COFINS-Operação incide sobre o faturamento bruto das empresas, enquanto a COFINS-Importação é aplicada sobre as importações. Adicionalmente, existe a COFINS-Contribuição, que é uma modalidade aplicada a setores específicos.

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