Confiança do consumidor atinge nível mais alto desde 2014 em agosto

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou um avanço pelo quarto mês consecutivo em agosto, atingindo o maior nível desde fevereiro de 2014, de acordo com os dados divulgados pelo FGV/Ibre. Esse indicador, que subiu 2,0 pontos no mês, alcançou a marca de 96,8 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice teve uma alta de 2,9 pontos, a quinta consecutiva, para 94,6 pontos.

A economista do FGV/Ibre, Anna Carolina Gouveia, destaca que a confiança do consumidor chegou ao nível imediatamente anterior ao início da recessão econômica de 2014. Ela ressalta que o resultado de agosto foi influenciado principalmente pela melhora da percepção dos consumidores em relação à situação atual e por expectativas ligeiramente mais otimistas em relação aos próximos meses.

A continuidade desse cenário positivo pode levar a confiança do consumidor de volta à neutralidade dos 100 pontos nos próximos meses, algo que não ocorre desde o fim de 2013. Esse otimismo reflete a recuperação do quadro macroeconômico, a resiliência do mercado de trabalho e o início de programas voltados para a quitação de dívidas, como o programa Desenrola do governo federal.

Percepção da situação atual e expectativas

A alta do ICC em agosto foi influenciada principalmente pela melhora da percepção em relação à situação atual. O Índice de Situação Atual (ISA) registrou um aumento de 4,6 pontos, alcançando 81,4 pontos, o maior nível desde janeiro de 2015. Já o Índice de Expectativas (IE) manteve-se relativamente estável, com uma variação de 0,2 ponto, atingindo 107,6 pontos após três altas consecutivas.

Ao avaliar o cenário atual, o indicador que mede a satisfação sobre a situação econômica local teve um aumento de 3,8 pontos, chegando a 90,9 pontos. Esse foi o sétimo aumento consecutivo, acumulando mais de 10 pontos e atingindo o maior nível desde agosto de 2014. Por outro lado, o indicador que mede as avaliações sobre as finanças familiares teve uma variação mais significativa, com um aumento de 5,3 pontos, alcançando 72,3 pontos. Apesar de ainda estar em um nível baixo, é a primeira vez que esse indicador retorna ao patamar anterior à pandemia.

Análise dos índices

No mês de agosto, a alta do ICC foi influenciada principalmente pela melhora da percepção em relação à situação atual. O Índice de Situação Atual (ISA) apresentou um aumento de 4,6 pontos, atingindo 81,4 pontos, o maior nível desde janeiro de 2015 (81,6 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE) se manteve relativamente estável, variando apenas 0,2 ponto, chegando a 107,6 pontos, após três altas consecutivas.

Ao analisar o cenário atual, é possível observar que o indicador que mede a satisfação sobre a situação econômica local teve um aumento significativo, subindo 3,8 pontos e alcançando 90,9 pontos. Esse é o sétimo mês consecutivo de alta para este indicador, que atingiu o maior nível desde agosto de 2014 (91,2 pontos). Já o indicador que mede as avaliações sobre as finanças familiares registrou uma variação mais expressiva, com um aumento de 5,3 pontos, chegando a 72,3 pontos, após se manter estável no mês anterior. Apesar do baixo nível deste indicador, é importante ressaltar que esta é a primeira vez que ele retorna ao patamar anterior ao da pandemia.

Expectativas para os próximos meses

Entre os indicadores que avaliam as expectativas dos consumidores para os próximos meses, o indicador que mede o impulso de compras de bens duráveis registrou um aumento de 6,3 pontos, atingindo 98,6 pontos, o maior nível desde maio de 2014. Esse aumento pode estar relacionado à perspectiva de melhora das finanças das famílias, cujo indicador cresceu 2,6 pontos, atingindo 107,6 pontos, o maior nível desde janeiro de 2019.

No entanto, o indicador que mede as expectativas sobre a situação econômica local teve uma queda de 8,2 pontos, chegando a 115,7 pontos, após três meses consecutivos de altas. Esse movimento pode ser visto como uma calibragem do nível de otimismo.

Disseminação do otimismo nas faixas de renda

Em agosto, foi observado um aumento disseminado da confiança nas faixas de renda, que registraram simultaneamente níveis acima de 90 pontos. Essa situação não era vista desde fevereiro de 2019. Esse avanço é resultado da melhora difusa na percepção sobre a situação atual. No entanto, as famílias de menor poder aquisitivo, com renda de até R$ 2.100, indicaram uma redução do otimismo.

É importante ressaltar que a confiança do consumidor é um indicador fundamental para o desempenho da economia, pois reflete a disposição das pessoas em consumir e investir. Com a melhora desse indicador, espera-se uma retomada mais consistente da economia nos próximos meses.

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