Bolsa família e exoneração de Secretários da Economia

Com a confirmação de que Paulo Guedes, ministro da Economia, de fato pretende estourar o teto de gastos para bancar o novo Bolsa Família, quatro secretários pediram exoneração nesta quinta-feira (21).

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Guedes pretende utilizar R$ 30 bilhões fora do teto e que pra isso pretende solicitar o “waiver” (perdão temporário). Desta forma, o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, pediram para deixar os cargos. 

Acompanhando os dois, a secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo, também pediram exoneração.

As informações foram confirmadas para Agência Brasil.

Funchal e Bittencourt já tinham se declarados contrários a qualquer política que causasse a quebra do teto de gastos, seja o novo Bolsa Família ou uma prorrogação do Auxílio Brasil.

“Em nota, o Ministério da Economia informou que os pedidos de exoneração foram feitos de modo a permitir que haja um processo de transição e de continuidade dos compromissos das duas secretarias. A pasta esclareceu que os secretários continuarão a despachar com o ministro Paulo Guedes até que os substitutos sejam indicados”, informa notícia da Agência Brasil.

Sendo assim, caberá a Guedes substituir os quatro secretários.

Entenda sobre a polêmica do Bolsa Família

Sem a aprovação da PEC dos Precatórios ou para taxação de dividendos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, resolveu anunciar na noite de terça-feira (20) que iria utilizar bilhões fora do teto de gastos.

Como nós queremos essa camada de proteção para os mais frágeis, nós pediríamos que isso viesse como um waiver, para atenuar o impacto socioeconômico da pandemia. Estamos ainda finalizando, vendo se conseguimos compatibilizar isso”, declarou Guedes na ocasião.

Acontece que a medida já vinha sendo criticada por aqueles que acreditavam no controle das contas públicas, desta forma 4 autoridades resolveram deixar o governo Bolsonaro.

Com os valores fora do teto de gastos, o governo pretende pagar no mínimo R$ 400 para as famílias em extrema pobreza e aumentar em 20% para os benefícios para aquelas em pobreza.

O benefício precisa começar a ser pago ainda este ano, já que no ano que vem a legislação eleitoral não autoriza lançamentos de benefícios com esse.

Auxílio transitório

Com o fim do auxílio emergencial é esperado não só o novo Bolsa Família, mas também um auxílio de transição. A ideia é pagar os valores para as famílias que recebem o auxílio emergencial atualmente, porém não se enquadram nas regras do novo Bolsa Família.

Desta forma, o governo pretende atender todas as famílias em vulnerabilidade social e também aumentar a sua popularidade, já que há as eleições de 2022.

 

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