Autoestima em estudantes: Como o autoconceito impacta os estudos?

autoestima em estudantes precisa ser levada em conta com mais profundidade e atenção, especialmente nos dias atuais, onde a romantização dos excessos tem feito parte da rotina de muitas pessoas.

Hoje, quem estuda “sem parar” ou “sacrifica” outros âmbitos da vida em prol dos estudos é visto como alguém promissordedicado e bom. Enquanto que quem busca dormir bem, manter hábitos saudáveis e se desconectar dos estudos de vez em quando, é visto como uma pessoa incapaz ou preguiçosa.

Esse tipo de discurso impacta no autoconceito de milhares de estudantes que, sentindo-se pressionados, tentam atingir o inatingível: a perfeição nos estudos.

Com isso, o gerenciamento das emoções fica impactado, desencadeando o esgotamento psicológico e outras variáveis relacionadas à saúde mental.

Por isso, discutir sobre este assunto é extremamente importante para garantir a inteligência emocional de nossos estudantes e assim formar profissionais mais saudáveis, equilibrados e felizes.

A autoestima em estudantes e os impactos nos estudos

A autoestima de estudantes deve ser trabalhada tanto no cotidiano em escolas e universidades como também no dia a dia, em casa. Este autoconceito pode traçar tanto um futuro promissor para o jovem como também fadá-lo aos tropeços e fracassos, simplesmente por provocar a desistência.

Pensando nisso, veja as nossas reflexões sobre a autoestima e o autoconceito em estudantes:

A comparação excessiva que desmotiva

Infelizmente, a desmotivação nos estudos é uma realidade de milhares de estudantes em todo o mundo. Isso acontece, principalmente, porque o jovem acaba por ser comparado com outros estudantes e profissionais. É como se tudo o que ele fizesse não fosse bom o bastante e, quando “se dá bem”, recebe comentários que dizem que “você não fez mais do que a sua obrigação”.

Porém, embora ele esteja fazendo a sua obrigação, o erro tem sido muito mais enfatizado que o ganho, fazendo com que os outros sempre pareçam melhores do que ele.

Isso faz com que o sujeito, constantemente comparado, sinta-se cada vez menor e menos capaz de concluir as suas metas e objetivos nos estudos. E assim, a autoestima fica afetada e o desejo de seguir em frente desaparece.

Portanto, regra número um: a comparação deve ser descartada o quanto antes, impedindo que esse tipo de comentário ou análise aconteça e desencadeie frustração e impeditivos no indivíduo.

A inferiorização que torna o futuro assustador

A inferiorização da capacidade de desenvolver algo promissor também aparece no dia a dia dos estudantes. Tanto de maneira externa, quanto interna. Veja como isso acontece:

  • Quando a inferiorização é externa: Voltamos ao tópico acima, onde as pessoas acabam comparando os estudantes e enxergando apenas as falhas, vendo os ganhos como meras “tarefas finalmente concluídas”.
  • Quando a inferiorização é interna: Ela ocorre quando o estudante percebe o mercado de trabalho como algo extremamente assustador e difícil de ser conquistado. Ao somar este medo com a inferiorização e a autoestima baixa proveniente de comparações, o estudante se desmotiva e acredita que jamais sairá do lugar.

Mas como lidar com esses dois pontos? É preciso simplesmente deixar os julgamentos e comparações de lado e passar a enxergar o mercado de trabalho de maneira mais real.

Sim, é difícil conseguir um emprego bom e dentro do que o estudante sonha, porém, isso não quer dizer que é impossível. E por não ser impossível, já nos diz muita coisa, não é mesmo?

Terceiro, é preciso compreender que o desenvolvimento profissional é lento, porém, contínuo. Um passo de cada vez e será possível subir uma longa escada! Incentive o estudante a ter essa visão sobre o seu contexto de trabalho.

Variáveis psicológicas impactam o rendimento de qualquer aluno

As variáveis psicológicas, como a autoestima em estudantes, estão constantemente impactando o rendimento de qualquer aluno. Por isso, é nosso papel enquanto sociedade desmistificar a ideia de perfeição, comparação e inferiorização que tanto acontece, especialmente em contextos familiares.

Além disso, devemos ter em mente que o tempo de desenvolvimento de uma pessoa é baseado na premissa do lógico e não do cronológico. Entendemos por tempo “lógico” aquele que não podemos medir com o auxílio de um relógio, pois se trata de algo singular de cada pessoa.

Assim sendo, comece por você! Comece a propagar a importância do autoconhecimento e da autoestima de estudantes e fuja da romantização dos excessos. Apoie o estudante que está dentro da sua casa e mostre a ele que nem sempre tudo será positivo, mas que ainda assim ele tem grandes chances de conquistar o que tanto almeja, desde que não desista.

E se você for o estudante, pare de se cobrar tanto e de se comparar com as outras pessoas. Permita-se viver o seu tempo e respeite as suas limitações. Um passo de cada vez, e você chegará no seu objetivo final, desde que trace-o com antecedência. 😉

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.