TCU pede que Governo explique recursos da PEC dos Benefícios

TCU propõe que Governo explique recursos da PEC dos Benefícios

Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) lançaram documento para pedir que Governo explique os gastos com a PEC dos Benefícios

Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) propuseram que o Governo explique como vai bancar os gastos com a chamada PEC dos Benefícios. O texto do projeto já foi oficialmente promulgado pelo Congresso Nacional e permite o uso de R$41 bilhões em 2022 em auxílios sociais para pessoas em situação de vulnerabilidade social.

A proposição foi feita pela Diretoria de Fiscalização da Responsabilidade Fiscal do TCU. A PEC dos Benefícios foi aprovada em tempo recorde no Congresso Nacional e há críticas em relação ao andamento do texto na Câmara e no Senado Federal. A lei permite o aumento nos valores de auxílios às vésperas das eleições deste ano.

Em tese, as leis brasileiras não permitiriam o aumento nos valores dos atuais benefícios sociais do Governo Federal por causa do teto de gastos públicos. Além disso, a Lei das Eleições não permitiria os pagamentos de novos projetos em anos eleitorais. Para driblar as duas regras, o poder executivo inseriu o estado de calamidade na PEC.

Aliados do Governo Federal usam o argumento de que o período de emergência se inseriu na PEC porque o país passa por dificuldades relacionadas aos sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis nos últimos meses. Alguns partidos de oposição, como o Novo, questionaram a ideia e pretendem entrar com ações no Superior Tribunal Federal (STF).

“Em contexto mais específico, a emenda envolve as finanças públicas federais, criando despesas, isentas dos mecanismos de controle atuais, que, potencialmente, poderiam agravar o quadro fiscal, comprometendo não só o exercício atual, como a situação fiscal a longo prazo”, diz um trecho do documento do TCU, que foi obtido pela emissora GloboNews.

As perguntas

Ainda segundo a emissora, o texto do Tribunal de Contas reúne uma série de perguntas para que o Governo Federal as responda. São elas:

  • Qual é a estimativa do orçamento para o Auxílio Brasil em 2023?
  • Quais são as fontes de financiamento da PEC?
  • Quais serão as fontes de financiamento especificamente para a ampliação do Auxílio Brasil?
  • Quais os impactos direto e indireto estimados no endividamento público em 2022 e em 2023 decorrentes da ampliação das despesas previstas na PEC?
  • Quais são as ações do Ministério da Economia para cumprir o teto de gastos?
  • Quais são os documentos do ministério que fazem avaliações das políticas públicas da proposta e seus reflexos orçamentários e fiscais?

O que diz a PEC dos Benefícios

A PEC dos Benefícios não só teve aprovação pelo Congresso Nacional, como deve entrar em prática dentro de mais alguns dias. Segundo o Governo Federal, a ideia é começar os pagamentos turbinados já no dia 9 de agosto.

Entre outros pontos, a PEC prevê o aumento no valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, além da elevação no número de usuários do benefício em mais de 2 milhões. O vale-gás nacional também sobe de R$ 53 para R$ 120 a partir de agosto.

A PEC dos Benefícios também prevê a criação de um Pix Caminhoneiro no valor de R$ 1 mil por mês até o final do ano. Além disso, há também a previsão de repasses de um auxílio para taxistas a partir de agosto, com saldos ainda não definidos.

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