Senado prevê recuperação lenta dos danos causados pela pandemia na Educação

Vice-presidente da CNM expõe faltas estruturais de apoio e investimento

De acordo com a Subcomissão Temporária para Acompanhamento da Educação na Pandemia, a gestão da Educação nos últimos dois anos não foi eficaz. O balanço foi feito em reunião no Senado Federal nesta semana. Outra conclusão da foi que os danos levarão bastante tempo para serem reparados.

Para o senador Flávio Arns (Podemos-PR), presidente da sessão, o quadro da educação no país é “catastrófico”. Além do quadro de crise sanitária ocasionado pela pandemia, o pouco investimento é um dos maiores desafios a serem superados pelo Brasil. 

Outro fator é o desinteresse dos alunos pelos estudos. De acordo com pesquisa conjunta realizada pela Agência Senado, Datafolha e Itaú Social mostra que 34% dos pais afirmam que os filhos perderam o interesse pela escola, entre maio de 2020 e setembro de 2021. 

Camila Pereira, presidente da Fundação Lemann, também estava presente na reunião. De todo o mundo, o Brasil foi o país que teve escolas e universidades fechadas durante mais tempo. Sendo assim, a conduta em relação à educação foi contrária à dos 35 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. 

Faltas estruturais de apoio e investimento na educação

Além da diretora de educação da Fundação Lemann, também houve a presença da procuradora da República, Maria Cristina Manella, e de Jair Souto, vice-presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM). 

Segundo Jair, “o prejuízo educacional é profundo. E não adianta nos iludirmos: levará muito tempo para a recuperação, pelo menos parcial, das perdas”. Ademais, o vice-presidente da CNM ainda afirma que as prefeituras necessitam de apoio dos estados e da União para reparar os prejuízos na educação. 

Além disso, ele afirma que a desigualdade estrutural presente no Brasil também agrava o processo de recuperação da educação. “Não podemos tratar os desiguais de forma igual. Os municípios devem ter essas diferenças consideradas na elaboração de políticas públicas de forma regionalizada. Temos que investir na universalização da internet de qualidade e equipamentos de software, por exemplo”. 

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