Quais são os aplicativos que as crianças brasileiras mais usam?

82% das crianças têm acesso a smartphones no Brasil, que utilizam o dispositivo para estudar, se entreter e se comunicar

A grande maioria (82%) das crianças brasileiras têm acesso a smartphones no Brasil, de acordo com a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Crianças e smartphones no Brasil. Produzida a pedido do site Mobile Time pela Opinion Box, empresa de soluções de pesquisas, o estudo ouviu 1,9 mil brasileiros que são pais de crianças de 0 a 12 anos. Além de apontar os principais motivos de uso do dispositivo, ela também mostra quais são os aplicativos mais usados.

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O YouTube e o WhatsApp continuam sendo os dois aplicativos mais utilizados por crianças brasileiras de 0 a 12 anos que vivem em famílias cujos pais possuem smartphone. Ambos os apps ganharam participação ao longo do último ano. O YouTube subiu três pontos percentuais e agora é usado por 72% das crianças que possuem smartphone ou que usam emprestado o dos pais. 

Já o WhatsApp avançou cinco pontos percentuais, alcançando 52%, com destaque para o crescimento de oito pontos percentuais na faixa de 7 a 9 anos, na qual 58% das crianças com smartphone utilizam o aplicativo de mensageria.  

Mas o aplicativo com maior crescimento no intervalo de um ano foi o TikTok. Na pesquisa anterior ele era usado por 36% das crianças com acesso a smartphone e agora atingiu 45%, conquistando o terceiro lugar e superando o Netflix, que caiu de 46% para 43%. 

O maior avanço do TikTok aconteceu na faixa etária de 7 a 9 anos, na qual a proporção de uso passou de 39% para 52%, um aumento de 13 pontos percentuais. Entre crianças de 10 a 12 anos o crescimento do TikTok também foi expressivo, passando de 51% para 59%. 

Apps para crianças perdem popularidade, mas quase todas jogam games 

Em relação à pesquisa feita em 2020, os aplicativos feitos com uma curadoria especialmente para o público infantil, como YouTube Kids e PlayKids, perderam um pouco de espaço, caindo quatro e três pontos percentuais, respectivamente. Atualmente, 42% e 19% das crianças usam os aplicativos YouTube Kids e PlayKids, respectivamente.

Quase três quartos (71%) das crianças brasileiras de 0 a 12 anos com acesso a smartphone costumam jogar games no aparelho. O hábito é mais comum entre meninos (74%) que entre meninas (67%). A maior incidência de gamers móveis mirins é na faixa entre 7 e 9 anos de idade, na qual alcança 86%. Entre aqueles com 10 a 12 anos, cai para 73%, o que talvez possa ser explicado pelo acesso dessas crianças a consoles de videogame. 

Pela primeira vez, a pesquisa mediu a popularidade dos jogos Minecraft, Roblox, Fortnite e PKXD entre crianças de 0 a 12 anos. O Minecraft é o mais popular sendo jogado por 31% do público infantil com acesso a smartphone. Na faixa de 7 a 9 anos, é utilizado por 44% das crianças com acesso a smartphone. Há também uma diferença significativa no uso do Minecraft quando se compara meninos (39%) e meninas (21%).  

Pais estão controlando menos 

A proporção de pais que afirmam sempre controlar o que os filhos fazem no smartphone caiu de 27% para 20% em um ano. Em contrapartida subiu de 30% para 37% a proporção que afirma controlar “às vezes”. A pesquisa aponta que as mães fazem uma vigilância de forma mais recorrente que os pais. Um quarto (23%) delas monitoram sempre o que os filhos fazem no smartphone, contra 16%, dos pais. 

Apenas 26% dos responsáveis utilizam alguma ferramenta de filtro ou controle do conteúdo acessado por crianças em seus smartphones, queda de 2 pontos percentuais em um ano, variação dentro da margem de erro. A ferramenta mais utilizada é o Google Family, citada por 21% dos respondentes.  

Por outro lado, 86% dos pais afirmam que controlam com quem os filhos conversam no telefone, percentual que permaneceu estável em relação à pesquisa anterior. A maioria dos pais não permite que seus filhos façam compras por conta própria dentro das lojas de aplicativos móveis. Somente 12% dão essa liberdade às crianças. A pesquisa destaca que, neste aspecto, não há diferença por classe social, nem entre mães e pais. 

Por ouvir proporções geográficas, renda, gênero e idade de abrangência nacional, a pesquisa tem validade estatística e apresenta margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais e grau de confiança de 95%.

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