Preços da GASOLINA chocam motoristas; confira os valores praticados no país

Valor do combustível fóssil acumula forte alta em 2023, mas a expectativa é que despenquem após a redução promovida pela Petrobras.

Os motoristas do país enfrentaram muitas dificuldades para abastecer o tanque de combustível dos veículos nos últimos meses. Isso porque o preço da gasolina subiu de maneira significativa nas bombas, principalmente em março, e isso pressiona cada vez mais a renda dos consumidores.

Na semana passada, o valor do combustível voltou a cair nos postos de distribuição do país, primeira queda em quatro semanas. Essa notícia animou os motoristas, que estavam bastante preocupados com o patamar elevado da gasolina no país.

De acordo com o levantamento semanal realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do litro do combustível fóssil caiu 0,54%, passando de R$ 5,54 para R$ 5,49.

Apesar da redução, alguns estados comercializaram o combustível a mais de R$ 6,00. Nestes locais, os motoristas tiveram que gastar bem mais para abastecerem seus veículos com gasolina.

A saber, a ANP analisa os preços dos combustíveis em milhares de postos do país. Assim, divulga semanalmente os valores médios da gasolina, do etanol e do óleo diesel, revelando também os preços em cada unidade federativa (UF).

Preço da gasolina em 2023

Na última semana de 2022, o valor médio da gasolina estava custando R$ 4,96 no Brasil. Isso quer dizer que o combustível acumulou uma forte alta de 10,7% em 2023 e pesou ainda mais no bolso dos motoristas.

A forte elevação aconteceu devido à retomada da cobrança do PIS/Cofins (impostos) sobre a gasolina e o etanol hidratado no início de março.

Em suma, o ex-presidente Jair Bolsonaro promoveu isenções sobre os combustíveis na metade do ano passado, com validade até 31 de dezembro. Assim, reduziu os valores que estavam bastante elevados no país.

Em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prorrogou essa desoneração, mas apenas nos dois primeiros meses para a gasolina e o etanol.

Já para diesel, biodiesel, gás natural e gás de cozinha, alíquotas dos impostos federais PIS/Pasep e Cofins continuarão zeradas até 31 de dezembro de 2023.

Em outras palavras, a gasolina e o etanol voltaram a ter impostos cobrados sobre seus preços no início de março, ficando mais caros no país. Por isso, os motoristas pagaram bem mais para abastecer o tanque dos seus veículos até a semana passada.

Gasolina mais cara do país

Na última semana, o preço médio da gasolina caiu no Brasil devido aos recuos registrados em quatro regiões brasileiras: Nordeste (-0,90%), Sudeste (-0,55%), Sul (-0,36%) e Norte (-0,34%). A única exceção foi o Centro-Oeste, onde o preço do combustível fóssil subiu 0,18%.

Com o acréscimo desses resultados, os valores médios da gasolina, registrados nas regiões brasileiras, foram os seguintes:

  • Norte: R$ 5,84;
  • Sul: R$ 5,53;
  • Centro-Oeste: R$ 5,50;
  • Nordeste: R$ 5,50;
  • Sudeste: R$ 5,3.

Também, na semana passada, o preço médio da gasolina caiu em 22 unidades federativas (UF). Os recuos mais intensos foram registrados em Bahia, Sergipe, Ceará e Rio Grande do Sul.

Em contrapartida, o valor do combustível subiu apenas em quatro UF: Piauí, Acre, Distrito Federal e Santa Catarina. Já em Alagoas, o preço médio da gasolina se manteve estável em relação à semana anterior.

Com isso, os valores médios mais altos da gasolina foram registrados nos seguintes estados:

  • Amazonas: R$ 6,57;
  • Acre: R$ 6,25;
  • Roraima: R$ 6,04;
  • Rondônia: R$ 5,99;
  • Ceará: R$ 5,82;
  • Tocantins: R$ 5,78.

Por fim, os estados da região Norte tiveram os maiores preços do país. Em resumo, isso explica a posição da região no ranking nacional, figurando no primeiro lugar da lista.

Petrobras reduz preço dos combustíveis

Na terça-feira (16), a Petrobras fez um anúncio que surpreendeu milhares de pessoas. Em síntese, acompanhia extinguiu a política de paridade de importação (PPI), que vinha sendo adotada desde 2016, ou seja, há mais de seis anos.

A antiga política da Petrobras se baseava no mercado externo para definir os reajustes nos preços dos combustíveis. A saber, a petrolífera focava em dois fatores, o dólar e o petróleo, considerando as variações nos preços do barril de petróleo e as oscilações do dólar para reajustar os preços dos combustíveis.

O problema é que a volatilidade nos valores do barril de petróleo deixava os consumidores expostos a mudanças mais significativas e recorrentes. Aliás, as oscilações na cotação do dólar também resultavam nisso, e o Governo Federal queria proteger o consumidor dessa volatilidade.

Além do fim da política de PPI, a estatal também promoveu uma forte redução de 12,6% no valor da gasolina. Com isso, o preço do litro passará de R$ 3,18 para R$ 2,78 para as distribuidoras do país, que irão pagar 40 centavos a menos por litro.

Essa redução não se refere aos consumidores, mas deverá chegar a eles. Na verdade, o governo ficará atento para ver se os postos de combustíveis irão repassar a redução para o consumidor final.

Por isso, a expectativa é que a gasolina fique mais barata no país nas próximas semanas, para alegria dos motoristas.

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