Preço de VENDA de imóveis residenciais SOBE 5,13% em 2023

O ano de 2023 ficou marcado pelo aumento nos preços de venda dos imóveis residenciais no Brasil. De acordo com o acordo com o Índice FipeZap, os imóveis ficaram 5,13% mais caros em 2023, quando comparados ao ano anterior.

Apesar do avanço anual, vale destacar que os valores subiram menos que em 2022 (6,16%). Isso quer dizer que as pessoas que compraram imóveis residenciais em 2023 pagaram mais caro que em 2022, mas a variação foi mais tímida, algo positivo para os consumidores, que torcem por uma desaceleração ainda maior neste ano.

O resultado do Índice FipeZap foi completamente diferente do registrado pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), indicador considerado a inflação do aluguel. Em resumo, o IGP-M acumulou uma queda de 3,18% em 2023.

Já na comparação com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o Índice FipeZap teve uma variação um pouco mais intensa. Isso porque, no acumulado de 2023, o IPCA registrou alta de 4,62%. A propósito, o IPCA é a inflação oficial do Brasil.

Para quem não sabe, o Índice FipeZap analisa o comportamento do mercado imobiliário em 16 capitais e 34 cidades brasileiras. Assim, a Fipe divulga uma média de variação mensal e anual dos preços em todos estes 50 locais pesquisados. Aliás, a entidade se baseia em anúncios imobiliários publicados na internet para fazer o levantamento.

Preços de venda de imóveis residenciais sobem mais que inflação medida pelo IPCA e pelo IGP-M em 2023
Preços de venda de imóveis sobem mais que inflação medida pelo IPCA e pelo IGP-M em 2023. Imagem: Pixabay.

Veja a variação dos preços em um ano

O levantamento revelou que os preços de venda dos imóveis residenciais subiram em todas as 50 cidades pesquisadas. Entre as 16 capitais presentes no Índice FipeZap, todas tiveram taxa positiva no período, dificultando a vida dos consumidores que compraram um imóvel no período.

Confira abaixo a variação registrada por todas as capitais pesquisadas em 2023:

CapitalVariação
Maceió (AL)16,00%
Goiânia14,84%
Campo Grande (MS)12,61%
Florianópolis (SC)12,28%
Manaus (AM)10,91%
João Pessoa (PB)9,82%
Belo Horizonte (MG)8,77%
Curitiba (PR)6,40%
Salvador (BA)5,77%
Fortaleza (CE)5,37%
Recife (PE)5,21%
São Paulo (SP)4,69%
Brasília (DF)2,24%
Porto Alegre (RS)2,20%
Vitória (ES)1,82%
Rio de Janeiro (RJ)1,42%

Esses dados revelam que apenas cinco capitais tiveram variações inferiores à taxa nacional. Como estas cidades exercem forte influência no Índice FipeZap, suas taxas menos expressivas puxaram a média do país para baixo, mesmo com várias cidades apresentando altas superiores a 10%.

Veja qual foi a capital mais cara do país em 2023

Em dezembro, o preço médio calculado para as 50 cidades monitoradas foi de R$ 8.720/m². Confira o valor médio do metro quadrado de imóveis residenciais nas 16 capitais monitoradas:

  • Vitória (ES): R$ 10.877;
  • Florianópolis (SC): R$ 10.786;
  • São Paulo (SP): R$ 10.676;
  • Rio de Janeiro (RJ): R$ 9.988;
  • Curitiba (PR): R$ 9.092;
  • Brasília (DF): R$ 8.984;
  • Belo Horizonte (MG): R$ 8.309;
  • Maceió (AL): R$ 8.240;
  • Recife (PE): R$ 7.601;
  • Fortaleza (CE): R$ 7.169;
  • Goiânia (GO): R$ 7.096;
  • Porto Alegre (RS): R$ 6.682;
  • Manaus (AM): R$ 6.485;
  • João Pessoa (PB): R$ 5.932;
  • Campo Grande (MS): R$ 5.884;
  • Salvador (BA): R$ 5.854.

Como visto acima, apenas os valores de Vitória, Florianópolis, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília ficaram acima da média nacional, impulsionando a taxa de 2023. As demais capitais pesquisadas tiveram valores inferiores ao preço médio do país.

No entanto, ao considerar todas as 50 cidades do levantamento, o metro quadrado mais caro foi o de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, onde chegou a R$ 12.624. Em contrapartida, o município de Betim, em Minas Gerais, foi o município com o metro quadrado mais barato do país, com o valor de R$ 3.851.

Índice FipeZap, IPCA e IGP-M

A saber, o aumento dos preços de venda de imóveis residenciais, medido pelo Índice FipeZap, superou as taxas registradas pelo IPCA e pelo IGP-M pelo segundo ano consecutivo.

Vale destacar que o Índice FipeZap+ fechou 2022 com uma variação de acumulada de 6,16%, maior avanço anual desde 2014, quando os preços de venda de imóveis subiram 6,70%.

A título de comparação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 5,79% entre janeiro e dezembro de 2022, com o indicador estourando pela segunda vez a meta inflacionária.

Da mesma forma, o aumento nos preços do aluguel de imóveis residenciais também superou a taxa registrada pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) em 2022. Em suma, o indicador acumulou uma variação de 5,45% em 2022, taxa que também ficou abaixo do IPCA.

Todos estes dados mostram que os novos proprietários de imóveis residenciais tiveram que pagar mais caro para adquiri-los nos dois últimos anos, e as taxas superaram as variações registradas pelo IPCA e pelo IGP-M nesse período.

Por fim, estes resultados foram bem diferentes do observado em 2021, quando o índice FipeZap subiu 5,29%, bem abaixo do IPCA (10,06%) e do IGP-M (17,78%).

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