Planos de saúde e instituições financeiras lideram ranking de reclamações dos consumidores

Hoje, terça-feira (15/03) é o Dia Nacional do Consumidor. Por isso o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) divulgou uma pesquisa que aponta o ranking das áreas que mais recebem queixas dos consumidores. Planos de saúde e finanças lideram a classificação.

De acordo com a pesquisa do Idec, problemas relacionados a planos de saúde voltaram a crescer e passaram a liderar o ranking de reclamações e atendimentos em 2021. Do total de queixas registradas, um quarto delas (quase 25%) refere-se a esse setor, em seguida, aparecem instituições financeiras (21,5%), demais serviços (11,9%), problemas com produtos (8,7%) e telecomunicações (8%).

A maioria das reclamações relacionadas aos planos de saúde é a respeito dos  reajustes abusivos que estão sendo aplicados. Para se ter uma ideia, 27,4% dos entrevistados pela pesquisa do Idec alegaram esse como o principal motivo. A maior parte delas dizia respeito aos planos de saúde coletivos, que não são regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A não cobertura de determinados planos de saúde em alguns lugares, também foi um grande motivo para que os consumidores realizassem queixas (16,2%). Já em relação aos serviços financeiros, a maior queixa se deve à cobrança indevida, o que corresponde a 21% das reclamações sobre esse problema), seguida por falhas de informação (15,8%) e renegociação de dívidas (13%).

Algumas dicas para ajudar os consumidores

A Idec, para celebrar o Dia do Consumidor, divulgou além da pesquisa, algumas dicas aos consumidores para evitar  problemas principalmente com operadoras de saúde e bancos. Em relação à saúde suplementar, o instituto orienta que o cliente prejudicado por aumento abusivo no plano de saúde pode pedir revisão das cláusulas.

Ou seja, o cliente pode pedir uma revisão das cláusulas relativas a reajustes junto à operadora, solicitando que as regras sejam mais claras. Fica no direito do consumidor também, registrar queixa diretamente na ANS. Depois de reclamar junto à operadora, o consumidor pode ainda procurar o Procon ou registrar uma queixa no site.

No caso dessas medidas não serem o suficientes, o cliente  deve acionar a Justiça por meio do Juizado Especial Cível. Para ações acima de 20 salários mínimos será exigida a contratação de um advogado.

Outra dica que o Idec dá, é para os casos de serviços financeiros. A orientação é para que o cliente observe se o boleto de pagamento de contas não é falso e confira se os dados estão corretos. Também é importante manter o antivírus do computador sempre atualizado e proteger bem as suas senhas bancárias.

Como as instituições financeiras e planos de saúde estão lidando com isso

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que os bancos estão empenhados em reduzir ao máximo as reclamações e que esse esforço prevê a adequação de produtos e serviços ao perfil e necessidades dos clientes.

De acordo com a federação, uma grande parte dos consumidores preferem registrar queixas diretamente com os órgãos de defesa do consumidor ou ao Banco Central antes de procurar os próprios bancos para resolver os problemas.

Em relação aos planos de saúde, o canal de notícias Agência Brasil, tentou estabelecer um contato com a associação relacionada a esse setor, porém, até o momento da publicação desta notícia ainda não se obteve nenhum retorno.

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