Diante de golpes e sequestros, o Banco Central anunciou uma série de mudanças na tentativa de diminuir crimes envolvendo o sistema de pagamento instantâneo – o Pix.
A limitação de transferências em R$ 1 mil no período noturno, mas especificamente entre as 20hrs e às 6hrs, deve passar a funcionar até outubro (próxima sexta-feira). O prazo foi dado para que as instituições financeiras se adequem as normas.
Além de ficar atento aos golpes online, veja as medidas criadas para evitar novas fraudes e crimes.
Entre outras mudanças no Pix estão:
- Alteração de limite que deixará de ser instantânea em todos os meios de pagamento instantâneo.
- O prazo máximo para alteração do limite será de 40h e no mínimo de 24h – isso se a solicitação for realizada por canal digital.
- Além disso, as transferências Pix poderão ter limites menores definidos pelos titulares e, com isso, cadastro de contas que poderão receber acima do limite poderão ser indicadas pelo titular. Essa pode ser uma boa opção para liberar transferências maiores apenas para transferências de mesma titularidade. A indicação de contas diferentes e com limite maior poderá ser feita a partir de 4 de outubro.
- Algumas transferências Pix agora também poderão demorar de 30 a 60 minutos, isso quando for identificado algum risco de fraude. O prazo mais curto será aplicado para transações durante o dia e o mais longo para aquelas que são feitas noite. Os usuários serão avisados no momento que os valores entrarem em análise e deverão aguardar a liberação, que deve acontecer normalmente se não for identificado ilegalidade.
- As instituições financeiras também serão obrigadas a indicar no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT) em qualquer conta que tenha movimentações que indiquem fraude. Antes a medida era opcional, apesar de recomendada.
Medida pretendem desestimular crime por meio do Pix
As medidas são uma maneira de coibir crimes, já que, de acordo com o Banco Central, “os baixos valores a serem eventualmente obtidos em tais ações tendem a não compensar os riscos”, disse em nota enviada a Agência o Globo.
“Os mecanismos de segurança presentes no Pix e nos demais meios de pagamento não são capazes de eliminar por completo a exposição de seus usuários a riscos, mas com o trabalho conjunto do Banco Central, das instituições reguladas, das forças de segurança pública e dos próprios usuários, será possível mitigar ainda mais a ocorrência de perdas”, completou o banco.