Open Banking: 65% dos brasileiros se dispõe a compartilhar seus dados

Após a implementação de 4 fases do Open Banking no ano passado pelo Banco Central (BC), que se mostrou de muita utilidade para os brasileiros, o compartilhamento de informações bancárias tem se mostrado um grande avanço. De acordo com uma pesquisa encomendada pela Quanto, plataforma de Open Banking, em parceria com a Aster Capital, 65% dos brasileiros estão dispostos a compartilhar seus dados para obter melhores taxas.

O Open Banking, ou sistema financeiro aberto, é a possibilidade de clientes de produtos e serviços financeiros permitirem o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo Banco Central e a movimentação de suas contas bancárias a partir de diferentes plataformas e não apenas pelo aplicativo ou site do banco, de forma segura, ágil e conveniente.

A pesquisa, realizada em agosto de 2021, contou com a participação de 2 mil pessoas de todas as regiões do país, diversas faixas-etárias e classes sociais, que possuem dispositivos móveis e têm contas em bancos. “O usuário é muito mais propenso a compartilhar seus dados quando ele entende os benefícios reais que terá”, afirmou Victoria Amato, líder da área de negócios da Quanto.

Detalhes da pesquisa

Amato informou que, a preocupação com a contextualização para o usuário é um passo essencial para que o Open Banking tenha no Brasil um impacto ainda maior, a intenção é que supere o processo em países como Reino Unido e Estados Unidos. Segundo os dados da pesquisa, o brasileiro tem, em média, 3,5 contas bancárias. Quase 25% dos entrevistados disseram possuir 5 contas ou mais.

Em outro momento, o estudo também mostrou que 40% dos brasileiros nunca chegaram a fechar alguma conta bancária. Entre os que disseram já terem encerrado uma conta, a maioria era cliente de bancos tradicionais, um dos principais motivos para o número de cancelamentos é o alto custo de manutenção.

Agora, com bancos e instituições financeiras conseguem acessar o histórico e os dados do usuário, caso conceda permissão, e apresentem melhores ofertas e taxas com base na situação financeira em que ele se encontra.

Implementação do Open Banking

O sistema teve início no começo de 2021 e foi dividido entre 4 etapas, que foram implementadas ao decorrer do ano. A primeira foi colocada em prática em fevereiro, onde foram coletados dados das 1.065 instituições participantes, estes dados passaram a ser compartilhados.

A segunda etapa, teve início em agosto, essa dá a oportunidade aos clientes de autorizar o compartilhamento de seus cadastros e de informações sobre suas transações financeiras com relação a contas, cartão de crédito e operações de crédito com outras instituições.

A diferença entre a primeira e a segunda etapa, é que enquanto a primeira compartilhou dados públicos, a segunda focou em compartilhar os dados privados, disse Leonardo Medeiros, head de Open Banking & Open APIs na XP Investimentos.  Já a terceira fase se iniciou em outubro, a partir dela os consumidores podem acessar serviços de pagamento fora do banco, solicitar empréstimos via app, e compartilhar históricos de informações financeiras.

Já a quarta, que teve início no dia 15 de dezembro, essa será a última fase do Open Banking, nela o sistema de compartilhamento de dados, informações e histórico sai do âmbito bancário e passa a valer para toda a configuração de finanças pessoais, como seguros, investimento, câmbio e outras vertentes.

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