INSS diz que número de benefícios em análise está em queda

INSS diz que número de benefícios em análise está em queda

De acordo com o INSS, número de pessoas que estão na fila de espera por benefícios está caindo nos últimos meses

O número de benefícios sociais em análise no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está caindo nos últimos meses. Quem está dizendo isso é a própria autarquia. De acordo com os dados apresentados, em março de 2022, eles teriam atingido o menor estoque de processos dos últimos anos.

O INSS leva em consideração apenas os casos de pedidos de Reconhecimento Inicial de Direitos e benefícios. Mesmo com a queda alegada pelo instituto, pouco mais de 1,6 milhão de pessoas ainda esperam por uma resposta do Instituto. A maioria espera há mais de cinco meses por uma definição

Para mostrar que os números estariam em queda, o INSS apresentou dados de anos anteriores. Em 2019, ano que antecedeu a chegada da pandemia do coronavírus em solo nacional, pouco mais de 1,8 milhão de pessoas estavam na fila de espera. O maior patamar veio em julho daquele ano, com 2,4 milhões.

Veja abaixo o calendário apresentado pelo INSS

Reprodução: INSS

“Essa diminuição acontece de forma gradativa demonstrando o trabalho e a força de vontade dos servidores no dia a dia. Além do auxílio da automação, o investimento em capacitação e na reorganização da estrutura dos instituto são fatores decisivos”, disse o Instituto ao apresentar os dados.

O presidente do INSS, José Carlos Oliveira, disse que apesar da queda, os números da fila de espera ainda são altos. Ele afirmou que o Instituto trabalha para tentar resolver o problema. “Estamos conseguindo dar resposta não só aos pedidos que entram, como também a uma parte do estoque. É uma fila histórica de anos. Esse passivo é relativamente grande e temos consciência da necessidade de dar uma resposta célere para a sociedade”, disse ele.

INSS tentará diminuir filas

Nesta semana, o INSS divulgou uma série de ações para tentar diminuir o tamanho das filas neste momento no país. Eles citaram, por exemplo, o processo de reabertura das agências do INSS para atendimento presencial agendado.

Além disso, eles disseram que trabalham para capacitar os servidores, e para investir em segurança do acesso aos sistemas corporativos, visando “proteger os funcionários e evitar fraudes nos processos em análise”.

O INSS também afirmou que trabalha para tentar solicitar a contratação de novos servidores. Dentro do Instituto, há a ideia de que o número de pessoas que trabalham no local seria insuficiente para atender a demanda.

Greve

Desde a última segunda-feira (28), servidores do INSS entraram em greve por todo o país. De acordo com informações de sindicatos estaduais que representam a categoria, quase todas as unidades da federação aderiram ao movimento.

Por isso, parte das agências segue fechada e alguns serviços presenciais estão paralisados. Os servidores pedem melhorias nas condições de trabalho, chamamento de concurso público, reajuste salarial e fim das discussões sobre a Reforma Administrativa.

O Governo Federal teme que a nova rodada de greves possa fazer com que a fila de espera para entrar em benefícios previdenciários se torne ainda maior nos próximos meses. Novas reuniões entre as partes estão agendadas para os próximos dias.

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