IGP-M: inflação do aluguel tem maior taxa para março desde 1994

Pressionado pelo aumento dos preços dos combustíveis, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu para 2,94% em março, depois de aumentar ainda 2,53% em fevereiro. O índice é a inflação do aluguel. Desde 1994, ano da implementação do real, o índice não chegava a tal aumento. Veja uma prévia anterior.

A taxa de aumento desta inflação em 12 meses é de 31,10% no ano e passará a 8,26% no ano. Com isso, a porcentagem de aumento é a maior taxa para 12 meses desde maio de 2003 (31,53%).

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (30) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). As informações são do G1. O índice da inflação do aluguem também sofre influências também das oscilações do dólar, além das cotações internacionais de produtos primários, como as commodities e metais.

“Todos os índices componentes do IGP-M registraram aceleração. No índice ao produtor, os aumentos recentes dos preços das matérias-primas continuam a influenciar a aceleração de bens intermediários (4,67% para 6,33%) e de bens finais (1,25% para 2,50%). Além disso, os aumentos dos combustíveis também contribuíram para o avanço da inflação ao produtor e ao consumidor. Na construção civil, os materiais para a construção seguem em aceleração impulsionados pela alta dos preços dos insumos básicos”, afirma André Braz, coordenador da pesquisa.

Composição da inflação do aluguel

  • O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) – compõe 60% IGP-M;
  • O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), compõe 30% no IGP-M;
  • O Índice de Nacional de Custo da Construção (INCC), compõe 10% no IGP-M;

Descubra o que mais pesou no varejo e no atacado na inflação do aluguel

Os preços dos combustíveis impulsionou a alta do aluguel, tendo aumento tanto para os produtores quanto para os distribuidores finais. Veja abaixo o quanto cada item contribuiu para está alta histórica:

Maiores pressões de altas no IPA

  • Óleo Diesel: 25,87%
  • Gasolina automotiva: 23,81%
  • Minério de ferro: 2,68%
  • Soja (em grão): 1,93%
  • Adubos ou fertilizantes: 14,32%

Maiores pressões de altas no IPC

  • Gasolina: 11,33%
  • Etanol: 16,64%
  • Gás de bujão: 4,23%
  • Plano e seguro de saúde: 0,83%
  • Aluguel residencial: 0,88%

Maiores pressões de altas no INCC

  • Vergalhões e arames de aço ao carbono: 19,39%
  • Tubos e conexões de PVC: 7,62%
  • Tubos e conexões de ferro e aço: 5,64%
  • Elevador: 2,89%
  • Esquadrias de alumínio: 3,24%

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