ENEM e vestibulares: o que foi o Iluminismo?
O termo “Iluminismo” é usado para denominar um movimento intelectual que surgiu na França durante o século XVIII.
O assunto é abordado com frequência por questões de história geral e filosofia dentro das principais provas do país, com um destaque para os vestibulares e a prova do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). Além disso, você pode usar o pensamento dos filósofos iluministas como repertório para a sua redação.
Assim, para que você possa se preparar da melhor forma possível, o artigo de hoje trouxe um resumo com tudo que você precisa saber sobre o Iluminismo. Vamos conferir!
O que foi o Iluminismo?
Como já mencionamos, o Iluminismo foi um movimento que surgiu no século XVIII, o “Século das Luzes”. De fato, esse período ficaria conhecido a partir desse termo, pois, a luz representa a razão e essa era, por sua vez, amplamente defendida pelos iluministas.
O Iluminismo surgiu na França, mas provocou intensas renovações culturais, intelectuais e científicas em todo o continente europeu. É importante ressaltar que a principal característica do Iluminismo é a defesa do uso da razão, uma vez que os pensadores iluministas defendiam o predomínio da razão sobre a fé, a qual havia sido soberana até aquele momento.
Aspectos do pensamento iluminista
O principal objetivo dos chamados “pensadores iluministas” (filósofos, sociólogos, juristas, poetas, etc) era elaborar um novo modelo de sociedade que contrariaria os dogmas da Igreja Católica e a monarquia absolutista que havia predominado até aquele momento.
Vale ressaltar que as monarquias absolutistas da época haviam integrado o Antigo Regime. Assim, os pensadores do movimento Iluminista defendiam o uso da razão em detrimento da fé e a reestruturação dos governos, substituindo o Antigo Regime pelo poder da burguesia.
De uma forma geral, podemos dizer que os iluministas acreditavam que com o conhecimento racional seria possível destruir as ideologias religiosas. Segundo eles, a razão poderia provocar a superação de ideias antigas e levar a humanidade em direção ao progresso.
Principais características do Iluminismo
O iluminismo rejeitava a herança medieval. É válido destacar que foram os pensadores iluministas que criaram o termo “Idade das Trevas” para denominar o período medieval.
Na economia, os iluministas afirmavam que o Estado deveria praticar o liberalismo, em oposição ao mercantilismo do Antigo Regime. Assim, o mercado deveria se regular sozinho por uma lei natural. Essas ideias foram defendidas principalmente por Adam Smith.
Politicamente, os iluministas se posicionavam contra a monarquia absolutista do Antigo Regime e propunham novos modelos. Montesquieu, pensador iluminista, defendia um modelo de Estado no qual o governo seria dividido em três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.
Por fim, podemos dizer que os pensadores do iluminismo eram contra a religião e propunham a substituição da mesma pela razão.
Os principais pensadores do Iluminismo
Conheça, a seguir, alguns dos principais pensadores do movimento iluminista:
John Locke: John Locke foi um filósofo inglês que ficou conhecido por ser o principal expoente do empirismo e um dos maiores teóricos do contrato social. Locke foi um dos maiores críticos do absolutismo e acreditava que o poder do Estado deveria depender da população e não de um seleto grupo.
Voltaire: Voltaire foi um filósofo iluminista que defendia a criação de monarquia laica e não-absolutista. O pensador foi um crítico da Igreja Católica e de alguns hábitos típicos do feudalismo que ainda estavam presentes na Europa (mesmo após o fim do sistema). Voltaire também defendia a liberdade de expressão. Em suas palavras: “Não concordo com uma palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o direito de dizê-la.”
Jean-Jacques Rousseau: Jean-Jacques Rousseau é um dos filósofos denominados de contratualistas. Ele defende a liberdade natural do ser humano poderia conviver com a sua própria segurança e bem-estar somente por meio da criação de um pacto social, em que todos os homens concordariam com a soberania da vontade coletiva sobre a vontade individual.