O termo “Antigo Regime” é usado para definir um sistema político e social utilizado na França até a eclosão da Revolução Francesa.
O assunto é abordado com questões de história geral dentro das principais provas do país, com um destaque para os vestibulares e para o ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio.
Dessa forma, para te ajudar a alcançar um bom desempenho nas suas provas, o artigo de hoje trouxe um resumo completo com tudo que você precisa saber sobre o Antigo Regime. Vamos conferir!
O que foi o Antigo Regime?
Como mencionado, o Antigo Regime era sistema político e social que vigorava na França desde o século XVI e que foi abandonado com a eclosão da Revolução Francesa, que ocorreu no ano de 1789.
A política do Antigo Regime
O Antigo Regime foi caracterizado pela presença do Absolutismo, em que o rei governava segundo a chamada “teoria do direito divino dos reis”, criada por Jean Bodin. Como o termo indica, a teoria afirmava que o poder do monarca era concedido diretamente por Deus e que, dessa forma, seria legítima.
Durante o Antigo Regime, a dinastia que governou pelo maior período de tempo foi a dinastia Bourbon. De fato, o último rei a governar a França sob as leis do Antigo Regime foi Luís XVI, membro da casa real Bourbon.
A sociedade do Antigo Regime
A sociedade do Antigo Regime era marcada por uma estrutura social rigidamente hierárquica. Na época, a sociedade era dividida em três estados: o clero, a nobreza e o terceiro estado. O monarca absolutista, porém, estava acima dos três estados mencionados.
Basicamente, o terceiro estado, composto pela burguesia, pelos comerciantes e pelos camponeses, sustentava os dois primeiros, uma vez que era o único que pagava os pesados impostos cobrados pela monarquia. É válido destacar que 95% da população francesa fazia parte do terceiro estado. Assim, pode-se afirmar que a maior parte do povo deveria sustentar uma pequena parcela que acumulava riquezas e não pagava nenhum tipo de imposto.
A economia do Antigo Regime
O sistema econômico característico do Antigo Regime era o mercantilismo.
Segundo as diretrizes desse modelo, o Estado deve intervir diretamente na economia e um país que deseja ser rir deve praticar o monopólio e a acumulação de metais preciosos.
Declínio do Antigo Regime
A partir da segunda metade do século XVIII, o Antigo Regime passou a ser questionado, principalmente por aqueles que seguiam o pensamento dos filósofos do Iluminismo, movimento predominante na época. Os pensadores iluministas passaram a questionar a legitimidade do absolutismo e da estrutura social estamental. Além disso, o poder absoluto dos reis também passou a ser questionado.
A influência das ideias iluministas, que enfatizavam os direitos individuais, a igualdade perante a lei e a separação dos poderes, foi fundamental na transformação do Antigo Regime.
Devemos mencionar também que o Antigo Regime entrou em crise devido à crise econômica que se instaurou na França no ano de 1787, devido à escassez na agricultura e aos grandes gastos causados pela participação francesa na guerra de independência dos EUA.
Com a crise econômica, o rei francês da época, Luís XVI, criou ainda mais impostos do terceiro estado. Essa diretriz, porém, aumentou ainda mais a crise econômica, que havia abalado fortemente essa classe da sociedade francesa, que passou a viver em péssimas condições.
Ao mesmo tempo, devemos destacar que o sentimento de insatisfação da burguesia com o absolutismo, uma vez que os membros desse grupo possuíam grandes quantias de dinheiro, mas eram impedidos de participar do poder francês.
Todos esses fatores criaram uma situação de crise que possibilitou a eclosão da Revolução Francesa, no ano de 1789. O evento, por sua vez, consolidou o fim do Antigo Regime na França.