Dólar sobe pela 3ª vez seguida em meio às preocupações externas

O dólar subiu pela terceira vez consecutiva e atingiu o maior nível desde o final de maio. As preocupações vindas do exterior pressionaram a moeda norte-americana, que voltou a passar a marca de R$ 5,00, algo que não acontecia há quase quatro meses.

Na sessão desta quarta-feira (27), a moeda norte-americana subiu 1,22% e fechou o dia cotada a R$ 5,0478. Esse é o patamar mais elevado do dólar desde o dia 31 de maio, quando a divisa encerrou a sessão cotada a R$ 5,0731.

Com o acréscimo desse resultado, o dólar passou a acumular uma alta de 2,34% em setembro. Contudo, no acumulado de 2023, a divisa segue no campo negativo, registrando uma queda de 4,36% no ano.

Vale destacar que a queda da moeda norte-americana chegou a 11% no acumulado do ano até julho, mas a divisa avançou em agosto e eliminou boa parte do recuo. Agora, em setembro, o dólar também está em alta, principalmente por causa dos exterior.

Cenário internacional impulsiona dólar

Nesta quarta-feira (27), o governo dos Estados Unidos revelou que o índice de confiança do consumidor caiu para o menor nível em quatro meses, de 108,7 em agosto para 103,0 em setembro. Esse dado reflete as preocupações na maior economia do mundo, e isso se reflete em todo o planeta, visto que o

Além disso, em agosto, as vendas de novas casas no país tiveram uma forte queda, de 8,7%. Em síntese, o principal fator para esse fraco resultado são os juros elevados no país, que aumentam o custo de vida da população.

Preocupações com o exterior impulsionam dólar
Preocupações com o exterior impulsionam dólar. Imagem: Agência Brasil.

Federal Reserve mantém juros estáveis nos EUA

Na semana passada, o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, manteve estável a taxa de juros no país, o que já era esperado pelo mercado.

A decisão não foi unânime, visto que alguns diretores do Comitê de Política Monetária do Fed votaram a favor de uma elevação de 0,25 ponto percentual dos juros. Entretanto, a maioria dos diretores optou pela manutenção da taxa, e essa foi a decisão do Fed, que não alterou os juros.

Apesar de o Fed não ter elevado os juros no país, a taxa está no maior patamar em mais de 20 anos nos EUA. Em outras palavras, os consumidores estão com o poder de compra em um nível muito baixo.

Por ora, o banco central decidiu aguardar mais um pouco para analisar os próximos dados relacionados à atividade econômica dos EUA, bem como o desempenho de outros indicadores, como taxa de desemprego e inflação, mas o banco não descartou a possibilidade de aumentar os juros ainda em 2023

Banco Central reduz juros no Brasil

Também na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduziu em 0,50 ponto percentual a taxa básica de juros da economia brasileira, a taxa Selic.

Em suma, a decisão continua repercutindo entre os investidores, que estão analisando os impactos da redução dos juros no país.

Isso acontece porque a taxa de juros dos países influencia a entrada de recursos de investidores. Assim, quanto maiores os juros, mais enfraquecida tende a ficar a economia do país, pois os juros aumentam o custo de vida, promovendo uma redução do poder de compra do consumidor, o que provoca um desaquecimento econômico.

Por outro lado, os juros elevados aumentam o rendimento dos títulos nacionais. Como os juros estão caindo no Brasil, os investidores acabam buscando ativos com maior atratividade, e isso enfraquece o real ante o dólar.

Vale destacar que os juros enfraquecem a economia. Por isso, a sua redução tende a fortalecer a atividade do país. Inclusive, as projeções para a economia brasileira em 2023 estão cada vez mais otimistas.

Com uma atividade mais fortalecida, o Brasil passa a ser visto como uma nação mais segura, e os investidores tendem a alocar seus recursos no país, trazendo mais dólar e impulsionando a economia. Contudo, isso não aconteceu neste pregão.

Presidente Lula e Presidente do Banco Central

Nesta quarta-feira (26), os investidores também ficam de olho no primeiro Neste mês, o IPCA-15 subiu 0,35%, acelerando em relação à taxa de agosto, quando a prévia havia subido 0,28%.

Apesar do avanço, o IPCA-15 veio abaixo do esperado pelo mercado. Em síntese, a mediana das projeções dos analistas indicava uma variação de 0,36% no mês, mas a prévia da inflação veio levemente menor.

Esse dado influencia o dólar, uma vez que a inflação afeta diretamente os juros no Brasil, que, consequentemente, impactam o mercado de câmbio. O resultado abaixo do esperado é muito positivo para o real.

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