Devolução do auxílio emergencial atinge apenas 12% dos usuários

A ação fez com que, mais tarde, esses cidadãos tivessem que devolver os recursos do programa de forma voluntária.

O Auxílio Emergencial foi repassado de forma equivocada para algumas pessoas. A ação fez com que, mais tarde, esses cidadãos tivessem que devolver os recursos do programa de forma voluntária.

Neste contexto, segundo o Ministério da Cidadania cerca de 12,6% do montante total distribuído de forma indevida foi devolvido até o momento. O percentual representa R$ 6,9 bilhões nos cofres da União.

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Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), o valor total dos recursos distribuídos para pessoas sem direito ao benefício é de R$ 54,6 bilhões. Vale ressaltar que o coronavoucher teve duração de dois anos.

Para recuperar o dinheiro do Auxílio Emergencial, o Ministério da Cidadania está enviando mensagens de textos via SMS para os respectivos beneficiários solicitando a devolução voluntária dos recursos.

Nesta semana, especificamente na segunda e terça-feira (20 e 21), cerca de 1 milhão de pessoas foram notificadas. Lembrando que os números oficiais do Governo Federal são: 28041 ou 28042. No conteúdo da mensagem consta o número do CPF do destinatário e um link de direcionamento oficial do governo.

De acordo com o TCU, 7,3 milhões de pessoas que não tinham direito ao programa emergencial receberam o auxílio. Além disso, cerca de 6,4 milhões de mães solteiras ganharam indevidamente as cotas duplas do Auxílio Emergencial.

Para melhor se expressar, o Tribunal indicou que os valores pagos indevidamente poderiam ser utilizados para pagar um auxílio no valor de R$ 300 para 60 milhões de brasileiros durante três meses.

O economista Gil Castelo Branco, da ONG Contas Abertas, disse que o governo deveria ter agido com mais rigor investindo em tecnologias para evitar as fraudes.

“Enquanto no mundo debatem a inteligência artificial em diversos processos de automação, no Brasil ainda estamos tentando cruzar cadastros. A tecnologia da informação do governo é uma colcha de retalhos. Temos duas estatais (Serpro e Dataprev) e mais de mil empresas que desenvolvem sistemas que não se comunicam. A meu ver, o governo deveria atuar com mais rigor”, disse Castelo Branco.

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