Desenrola: três grandes bancos anunciam que vão participar do programa

Desenrola é o programa do Governo Federal que prevê facilitar o processo de negociação de dívidas de inadimplentes

Ao menos três grandes bancos já confirmaram que deverão entrar no sistema do programa Desenrola. De acordo com informações de bastidores, Bradesco, Banco do Brasil e Itaú Unibanco já confirmam que devem fazer parte deste esquema. As pessoas que têm dívidas com estas instituições poderão negociar os seus débitos a partir de julho.

O nível de adesão das instituições financeiras é o que vai definir o sucesso ou não do novo programa do Governo Federal. Como nenhuma empresa é obrigada a aderir ao sistema, quanto mais credores aceitarem fazer parte do Desenrola, maior será o número de brasileiros que poderão ter as suas dívidas negociadas oficialmente pelo sistema.

“O programa depende da adesão dos credores, uma vez que a dívida é privada. Entendemos que os credores quererão participar do programa dando bons descontos justamente em virtude da liquidez que vão ter porque vai ter garantia do Tesouro”, afirmou o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) durante o lançamento do programa Desenrola.

Bancos que entrarão no Desenrola

Abaixo, você pode conferir o que os principais bancos do país acham do novo projeto.

Devem participar do Desenrola:

  • Banco do Brasil;
  • Bradesco;
  • Itaú Unibanco.

Ainda aguardam a publicação da regulamentação do projeto para saber se é vantajoso ou não participar do programa:

  • Caixa Econômica Federal;
  • Mercantil;
  • Banrisul.

Instituições que ainda não deixaram claras as suas posições sobre o novo programa do Governo Federal:

  • Santander;
  • Daycoval;
  • PagBank;
  • Nubank;
  • C6;
  • Pan;
  • Inter.

A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) lançou uma nota elogiando o programa e afirmando que participou ativamente do processo de produção do Desenrola. Segundo a organização, o projeto tem potencial para ajudar a diminuir os índices de inadimplência do Brasil.

“A Febraban acredita que o programa Desenrola tem potencial para que o crédito possa continuar a ser concedido de forma segura e dentro das necessidades dos tomadores”, diz o presidente da entidade, Isaac Sidney.

“O programa envolve milhares de credores e milhões de devedores e sua configuração exige uma plataforma pela qual transitará grande quantidade de informações e documentos. Esta complexidade exige soluções tecnológicas e digitais de grande porte, que estão em fase final desenvolvimento e não dependem apenas de iniciativas dos bancos, mas de outros atores que também estão diretamente envolvidos”, diz a entidade.

A Febraban, no entanto, não tem poder para definir o que cada um dos bancos vai fazer diante do programa Desenrola. Cada instituição pode decidir se vai querer participar ou não do projeto do Governo Federal. De acordo com o Ministério da Fazenda, a ideia é lançar o programa oficialmente a partir do próximo mês de julho.

Dívida de R$ 100

Vale lembrar que uma das condições para participar do Desenrola, é perdoar todas as dívidas de até R$ 100. Assim, os bancos que quiserem entrar no projeto terão que perdoar estes inadimplentes de maneira imediata.

Deste modo, se você está em situação de inadimplência por causa de uma dívida de até R$ 100 com o Banco do Brasil, Bradesco ou Itaú/Unibanco, provavelmente vai ter esta despesa perdoada em breve, considerando que estas instituições já sinalizaram que devem participar do projeto.

Quem poderá participar?

Do lado dos inadimplentes, o Desenrola deverá contar com duas faixas. A primeira delas vai atender apenas as pessoas que possuem dívidas de até R$ 5 mil, e que recebem até dois salários mínimos, ou seja, R$ 2.640. Além disso, a dívida precisa ter sido contraída até 31 de dezembro de 2022.

Pessoas que estão dentro do sistema do CadÚnico do Governo Federal também poderão participar do Desenrola pela faixa 1.

Na segunda faixa, serão atendidas todas as demais pessoas, desde que tenham dívidas com bancos. Ao todo, a expectativa do Ministério da Fazenda é resolver as pendências financeiras de 70 milhões de pessoas.

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