Desenrola: primeira fase tem descontos de até 96% da dívida

Primeira fase do Desenrola foi iniciada nesta segunda-feira (17), e cada banco pode definir as condições de negociação

O Governo Federal iniciou nesta segunda-feira (17) o Desenrola. Trata-se do programa que prevê uma ajuda no processo de negociação de dúvidas dos brasileiros que estão em situação de inadimplência. Neste primeiro momento, no entanto, apenas os cidadãos da chamada Faixa 2 estão sendo atendidos.

Estamos falando de brasileiros que possuem dívidas de até R$ 20 mil contraídas com bancos. O débito precisa ter sido contratado até o dia 31 de dezembro de 2022. O cidadão interessado na negociação precisa realizar o procedimento diretamente com a instituição financeira onde o débito foi contraído.

Condições de negociação

Mesmo que o Desenrola ainda não esteja funcionando em potência máxima, o fato é que alguns bancos já estão oferecendo vantagens neste procedimento. No Santander e no Banco do Brasil, por exemplo, está sendo possível negociar as dívidas em até 10 anos, ou seja, 120 parcelas.

Caixa Econômica Federal

  • Taxa de juros: Prazo máximo de pagamento em até 96 meses;
  • Descontos: De 40% a 90% para pagamento à vista.

Banco do Brasil

  • Taxa de juros: Dependem do perfil do cliente, tempo de atraso e tipo da dívida;
  • Prazo máximo de pagamento: Em até 120 meses;
  • Descontos: De até 96% para pagamentos à vista.

Itaú

  • Taxa de juros: Não divulgada.
  • Prazo máximo de pagamento: Não divulgado.
  • Descontos: De até 60% nas taxas de juros.

Santander

  • Taxa de juros: Depende do tipo da dívida.
  • Prazo máximo de pagamento: Em até 120 meses.
  • Descontos: De até 90%, dependendo do caso.

Bradesco

  • Taxa de juros: Depende do tipo da dívida.
  • Prazo máximo de pagamento: Em até 60 meses.

Inter

  • Taxa de juros: Não divulgada.
  • Prazo máximo de pagamento: Em até 36 meses.
  • Descontos: De até 90%.
Desenrola: primeira fase tem descontos de até 96% da dívida
Banco do Brasil promete parcelamento de até 10 anos no Desenrola. Imagem: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Lula elogia projeto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou o lançamento do programa Desenrola pelo Governo Federal nesta semana. Em sua live semanal, ele disse que a ideia é positiva porque vai ajudar as pessoas no processo de melhoria das condições de crédito. Ele também argumentou que as pessoas poderão fazer outras dívidas, mas de forma responsável.

“Ontem teve uma grande procura nos bancos e teve banco anunciando redução de 96% da dívida”, afirmou. “E depois vai ter o seguinte, em setembro vai ter o aplicativo das pessoas que devem no varejo, que devem pra loja. Então, vai ser a mesma coisa, os bancos vão ter que oferecer desconto”, disse o presidente.

“Vai se aproximando o fim do ano, muito importante que pessoas estejam libertas de suas pequenas dívidas para fazer outra dívida, sempre de forma muito responsável. Ninguém pode gastar o que não tem”, completou o presidente.

A Faixa 1 do Desenrola

O presidente Lula pode até ter dito que o aplicativo do Desenrola estará funcionando em setembro deste ano. Mas informações de bastidores dão conta de que membros do Ministério da Fazenda ainda não têm essa certeza. O fato de momento é que a aplicação ainda está longe de ser entregue.

O aplicativo é o meio que será utilizado pelos cidadãos da Faixa 1 para a realização das negociações. São pessoas que recebem até dois salários mínimos (R$ 2.640), e que possuem dívidas de até R$ 5 mil que tenham sido contraídas até o final do ano passado.

Para este público, ainda não há uma data para o início das negociações. De todo modo, já é possível adiantar que o programa Desenrola vai oferecer condições de pagamentos ainda melhores do que as registradas hoje. Isso deverá acontecer porque para a Faixa 1, o Governo vai entrar com o chamado Fundo Garantidor.

Trata-se de um montante que será pago pelo Governo Federal para as empresas que receberem um calote dos cidadãos. Assim, o credor já entra na negociação sabendo que vai ter a dívida quitada, o que vai permitir melhores condições de pagamento. Ao menos é o que espera o Governo Federal.

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