Delivery: Consumo utilizando o sistema de entregas subiu 24% durante a pandemia

Hoje (15) é o Dia do Consumidor, e por isso algumas organizações estão realizando celebrações, entre elas, a do sucesso do delivery. Os gastos com esse tipo de consumo somaram R$ 40,5 bilhões em 2021, representando 24% a mais que em 2020, segundo estudo feito pela GS&NPD, em parceria com o Instituto Food Service Brasil.

O levantamento indica também que o  tráfego total de visitantes em sites e aplicativos delivery subiu 13%, para 2,2 bilhões de acessos. Para Ingrid Devisate, diretora executiva do Instituto Food Service Brasil, a pandemia ajudou a impulsionar esse mercado.

“A pandemia apenas impulsionou um movimento que já era observado no mercado. O delivery facilita a vida de quem consome e fortalece a cadeia da alimentação fora do lar”, salienta a diretora executiva.

Isso confirma o que a maior parte da população brasileira deve ter percebido ao longo desses 2 anos de pandemia. As medidas restritivas aplicadas a fim de combater a disseminação do Covid-19 contribuíram para aumentar aceleradamente a demanda de oferta e procura de serviços online, como o delivery.

“Esse processo teria acontecido sem ela, mas levaria muito mais tempo. A pandemia mostrou essa necessidade tanto para os consumidores quanto para os empresários”, salientou Rodrigo Bandeira, vice-presidente da Associação Brasileira de Comércio (ABComm).

O mercado digital chegou para ficar

Por impacto da pandemia, consumidores tiveram que recorrer a serviços online, por isso, muitos que não conheciam, testaram e hoje, reconhecem a segurança, eficácia, comodidade e diversidade de produtos ao comprar por meio da internet. Fato que foi muito observado pelas empresas do país.

Rodrigo Bandeira, explica que “quem tem uma loja online, tem uma loja aberta 24h por dia, de domingo a domingo.” Empresas do país correram para ampliar seus serviços virtuais e melhorar plataformas já existentes.

Para especialistas, a experiência com o usuário foi outra coisa que se consolidou durante a pandemia. Para Ingrid Devisate, a personalização conta muito para a inovação. “Comunicação com o cliente via mídias e aplicativos é fundamental e não pode ser impessoal.” “Além disso, a adoção de tecnologias para melhoria dos processos, de vendas, de tempo de atendimento e eficiência, sempre com foco no cliente”, complementa.

Os dados da pesquisa da GS&NPD  também mostraram que, à medida que os países de todo o mundo relaxavam as restrições da Covid-19, as compras em lojas físicas aumentaram 20% em 2021 comparado à 2020. Ou seja, apesar dos serviços online terem vindo para ficar, as lojas físicas não sairão de moda tão cedo.

Futuro do delivery e de outros serviços digitais

Para este ano de 2022, os especialistas preveem um aumento nos números relacionados ao consumo online. “Os números irão continuar crescendo. Não com a mesma robustez de 2020, mas sim. O mercado digital brasileiro está bem longe de seu grau de amadurecimento, onde teremos números mais estáveis”, afirma Bandeira.

No setor alimentício, o Instituto Foodservice Brasil prevê um crescimento de 5% em gastos no setor de alimentação fora do lar, o que não significa que o ramo de delivery vai diminuir, mas sim o contrário.

Para ele, esse é  “um público que também quer comodidade, e um público que muitas vezes financeiramente é muito mais equilibrado”. Ele diz esperar que, no futuro, o mercado digital possa olhar para gerações passadas como um público consumidor.

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