Confira os estados que têm a Gasolina MAIS CARA do Brasil

Após 11 semanas de queda, o preço médio da gasolina se manteve estável nos postos do Brasil na semana passada. Embora o combustível não tenha ficado mais barato como nas semanas anteriores, a estabilidade dos valores também é uma notícia positiva, já que não houve encarecimento do item no país.

O combustível passou a registrar valores cada vez mais baixos no país no final de agosto, e isso se manteve até a segunda semana de novembro, aliviando um pouco o orçamento dos consumidores do país. Aliás, a última vez que a gasolina ficou mais cara no Brasil foi na semana encerrada em 26 de agosto, ou seja, há quase três meses.

De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio nacional da gasolina se manteve inalterado, custando R$ 5,63 no país. Esse é o menor patamar desde a semana encerrada em 12 de agosto, quando o preço do litro da gasolina estava custando R$ 5,53.

Embora o preço não tenha caído, o resultado foi comemorado pelos brasileiros, ainda mais por suceder 11 semanas de redução dos valores. Contudo, todos esses recuos ainda não conseguiram eliminar a alta acumulada nas semanas anteriores.

A saber, o combustível acumulou uma queda de 25 centavos nas 11 semanas de queda. Com isso, eliminou a maior parte do avanço acumulado nas três semanas anteriores, de 36 centavos, mas não o avanço por completo.

Veja o que define o valor da gasolina nas bombas

Em resumo, o valor da gasolina vendida pela Petrobras para as distribuidoras é bem menor que a comercializada nas bombas do país. A título de comparação, o litro do combustível custa R$ 2,81 para as distribuidoras, valor duas vezes menor que a média nacional da gasolina vendida para os consumidores (R$ 5,63).

Essa diferença é explicada pelas variáveis que impactam os valores dos combustíveis. Na verdade, os consumidores não pagam apenas o valor da gasolina, mas também de impostos, taxas, margem de lucro e custo com a mão de obra.

Confira abaixo quais são as variáveis que definem o valor do combustível nos postos:

  • Parcela da Petrobras: 37,2%;
  • Impostos estaduais: 21,2%;
  • Distribuição e revenda: 18,2%;
  • Impostos federais: 12,0%;
  • Custo do etanol anidro: 11,5%.
Preço da gasolina nas bombas do país é formado por diversas variáveis
Preço da gasolina nas bombas do país é formado por diversas variáveis. Imagem: Agência Brasil.

Gasolina está mais cara em 2023 devido a impostos

No final de 2022, o preço médio nacional do litro da gasolina era de R$ 4,96, ou seja, o valor atual do combustível está R$ 1,67 mais caro que no ano passado. Em síntese, o valor está mais elevado neste ano, para tristeza dos motoristas, por causa dos impostos cobrados sobre o combustível.

A gasolina começou a ficar mais cara no Brasil em março deste ano, quando o Governo Federal voltou a cobrar parte das alíquotas dos impostos federais PIS/Pasep e Cofins que incidiam sobre gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural. O governo havia prorrogado a isenção desses impostos por dois meses, entre janeiro e fevereiro.

Em junho, os motoristas tiveram mais uma péssima notícia. O Ministério da Fazenda aprovou uma mudança em relação ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que incide sobre os combustíveis, elevando o preço da gasolina.

Antes, os estados definiam as alíquotas de ICMS que iriam incidir sobre o litro da gasolina. No entanto, a partir de junho, houve a “unificação” da alíquota em todo o país, e o ICMS passou a ser de R$ 1,22 sobre o litro do combustível. Isso foi muito ruim para os brasileiros, pois a maioria dos estados aplicava alíquotas menores que R$ 1,22.

Já em julho, os preços da gasolina subiram novamente devido à reoneração dos combustíveis. Em suma, o governo Lula (PT) retomou a cobrança integral de tributos federais PIS/Pasep e Cofins sobre a gasolina e o etanol no início deste mês, após prorrogar por mais quatro meses a desoneração parcial sobre esses combustíveis, até o final de junho.

Veja os Estados com os maiores preços do país

Na semana passada, o preço da gasolina caiu em duas regiões brasileiras, enquanto subiu nas outras três. As variações acabaram se anulando e o valor médio nacional se manteve inalterado, com a região Norte apresentando o maior preço do país (R$ 6,09 por litro), enquanto o valor mais acessível foi registrado no Sudeste (R$ 5,54).

Além disso, a ANP revelou que o preço médio da gasolina caiu em 17 das 27 unidades federativas (UFs), com destaque para o Rio Grande do Norte, onde o combustível ficou 10 centavos mais barato. Os demais recuos oscilaram entre um e sete centavos.

Na semana passada, o valor médio da gasolina subiu em seis estados, destacando-se Goiás (20 centavos) e Bahia (16 centavos). Aliás, foram estes avanços que impediram mais uma queda nacional do preço do combustível. Já em Alagoas, Amazonas, Rio de Janeiro e Santa Catarina], os preços se mantiveram estáveis.

Após essas oscilações, os estados que comercializaram a gasolina com os preços médios mais altos do país foram:

  1. Acre: R$ 6,75;
  2. Amazonas: R$ 6,52;
  3. Rondônia: R$ 6,49;
  4. Sergipe: R$ 6,08.

Em resumo, estes foram os únicos locais a apresentarem preços superiores a R$ 6,00. Isso quer dizer que os motoristas destes locais sofreram com os valores mais elevados do país, por isso, tiveram que pagar mais caro para abastecerem seus veículos com gasolina.

Menores preços da gasolina vêm do Nordeste

Enquanto os estados do Norte lideraram o ranking nacional dos valores mais elevados da gasolina, os menores preços médios do país ficaram concentrados no Nordeste. Confira quais foram os valores mais acessíveis do país:

  1. Maranhão: R$ 5,33;
  2. Ceará: R$ 5,38;
  3. Piauí: R$ 5,40;
  4. Mato Grosso do Sul: R$ 5,45;
  5. Rio Grande Norte: R$ 5,45;
  6. Distrito Federal: R$ 5,47.

Por fim, vale destacar que a ANP coleta os preços praticados em milhares de combustíveis em todo o país desde 2004 e divulga semanalmente os preços médios da gasolina, do etanol e do diesel em cada região brasileira, bem como em cada estado e sua respectiva capital.

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