Cobertura PIX: Em meio a fraudes, empresa cria novo tipo de seguro
O sistema de pagamento instantâneo, PIX, caiu rapidamente no gosto dos brasileiros e alguns dos motivos são a rapidez e a ausência de taxas. O Banco Central (BC) divulgou na última sexta-feira (10) mais um recorde de transações, superando 50,3 milhões de transferências em apenas um dia.
Juntamente com o sucesso do PIX vem a preocupação, quase que diariamente são noticiados golpes e roubos por meio desta ferramenta. Pensando nisso, a companhia de seguros Generali Brasil anunciou um novo tipo de seguro que visa cobrir golpes aplicados pelo sistema.
A chamada Cobertura PIX contempla subtração com evidência, roubos e coação em transferências de dinheiro não autorizadas. A modalidade é contratada por um ano e cobre até três eventos durante este período, garantindo o reembolso (limitado ao valor segurado) de uma transação não autorizada, seja por PIX, DOC, TED e PIX poupança.
Segundo a diretora comercial e de marketing da Generali Brasil, Claudia Lopes, “As pessoas ficam expostas diariamente ao ter os apps de bancos em seus celulares – e, assim, estão sujeitas a roubos. Por isso, a Generali Brasil criou um produto fácil e prático para cobrir estes riscos”, Claudia ainda completou dizendo: “A apólice cobre eventos ocorridos nas 24 horas anteriores à comunicação formal, que pode ser um simples boletim de ocorrência”
Vantagens da Cobertura PIX
“A Cobertura PIX é uma vantagem que pode também ser incluída em contratos como o Seguro Bolsa Protegida, Seguro Perda e Roubo de Cartão ou Seguro Proteção de Eletrônicos” explica Conrado Gordon, Chief Insurance Officer da Generali. O cliente pode escolher apólices com valores mensais que variam de R$ 9,99 a R$ 49,99, dependendo do plano, que pode ser básico, standard, plus ou premium.
Segundo a companhia de seguros, é possível combinar a Cobertura PIX com assistência medicamentos, telemedicina, assistência para vítimas de crimes e monitoramento digital. Outra vantagem é que os clientes concorrem a sorteios mensais ou semanais pela Loteria Federal. Apenas residentes no Brasil podem solicitar o serviço, porém ela cobre eventos ocorridos também em outros países.
Golpes e fraudes envolvendo PIX, quais medidas estão sendo tomadas?
O PIX é uma ferramenta que vem sendo muito utilizada pelos brasileiros, porém golpes, roubos e fraudes acabam sendo muito comuns. Para diminuir a quantidade de clientes lesados por esses tipos de atividades criminosas, o Banco Central (BC) vem tomando algumas medidas.
Em outubro deste ano, o BC anunciou novas regras para uso do sistema de pagamentos. Com objetivo de coibir ações criminosas, as transações realizadas entre às 20h e às 6h terão limite de R $1000. Ainda existe a possibilidade de pedir aumento neste limite, entretanto, a aprovação deve ocorrer em um período de 24h até 48h após a solicitação.
Outras ações tomadas pelo BC permitem que as instituições financeiras possam bloquear as transferências recebidas via PIX caso haja indícios de irregularidades, a princípio, esse bloqueio duraria por até 72h. Além disso, em caso de infração, o Banco Central tornou obrigatória a notificação, possibilitando que as entidades registrem e compartilhem informações entre si.
Caso uma pessoa tenha seu telefone furtado ou roubado, o criminoso poderá facilmente acessar sua conta e realizar transferências. Diante disto, muitas pessoas procuram a justiça para reaver o valor subtraído. A 1ª vara do Juizado Especial Cível da Lapa (SP) decidiu que as instituições financeiras não podem ser responsabilizadas por esse tipo de transferência, portanto, cabe ao usuário tomar as medidas de segurança para evitar roubos.