Cesta básica comprometeu mais da metade da renda de quem ganha um salário mínimo

A cesta básica foi responsável por comprometer, em média, mais da metade da renda daqueles que receberam apenas um salário mínimo em janeiro. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (11) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)

De acordo com o levantamento, a cesta básica consumiu mais da metade de um salário mínimo em 11das 17 capitais que fizeram parte da pesquisa. Nesta pesquisa, a cesta básica foi considerado como alimentos necessários para as refeições de um adulto. O salário mínimo no Brasil é atualmente R$ 1.100.

O valor do salário mínimo atual não chega nem a cobrir a inflação acumulado no ano passado, para que isso acontecesse o valor deveria ser R$ 1.101,95 neste ano. Em outras palavras, o brasileiro perdeu o poder de compra de uma ano para o outro.

Enquanto o preço dos itens aumentaram, o salário mínimo não acompanhou esta alta. Em média, 54,93% do salário mínimo líquido do brasileiro foi usado para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta.

As maiores participações na relação cesta básica/salário mínimo:

  •  São Paulo (SP) –  a maior porcentagem, de 64,29% do salário mínimo.
  • Florianópolis (SC)
  • Rio de Janeiro (RJ)
  • Porto Alegre (RS)
  • Vitória (ES)
  • Brasília (DF)

As menores participações na relação cesta básica/salário mínimo:

  • Sergipe –  a menor porcentagem, de 44,31% do salário mínimo.
  • Belém (PA)
  • Salvador (BA)
  • Recife (PE)
  • João Pessoa (PB)
  • Natal (RN)
  • Aracaju (SE).

Preços em alta

A cesta básica registrou aumento nos valores em 13 das 17 capitais pesquisadas em janeiro.

Em São Paulo, apesar te não ter o maior aumento, registrou o custo mais caro –  R$ 654,29. Já a variação mensal foi de 3,59%. Em Florianópolis, cidade com maior aumento, o valor foi de R$ 651,37.

Já o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta em janeiro foi de 111 horas e 46 minutos.

Veja os maiores aumentos:

  • Florianópolis (SC), – 5,82%;
  • Belo Horizonte (MG) –  4,17%;
  • Vitória (ES)  4,05%.

Redução de valores:

  • Natal (-0,94%);
  • João Pessoa (-0,70%);
  • Aracaju (-0,51%) ;
  • Fortaleza (-0,37%).

Confira o também o aumento dos itens:

  • Açúcar – Valor aumentou 15 cidades em janeiro. As maiores altas foram registradas em  Florianópolis (12,58%), Campo Grande (11,44%) e João Pessoa (7,19%).

” O volume ofertado foi menor por causa da entressafra e da pressão das usinas para segurar a cotação, o que explica a alta no varejo”, diz a pesquisa.

  • Carne bovina: Valor aumentou 14 cidades em janeiro. As maiores altas foram registradas em  Curitiba (6%) e a menor em João Pessoa (0,17%).

         As quedas ocorreram em três cidades do Nordeste: Natal (-2,41%), Aracaju (-2,25%) e Fortaleza (-0,79%).

“A baixa disponibilidade de animais para abate no campo e a demanda externa elevada resultaram em aumentos de preço”, conclui o Dieese.

  • Feijão: O preço do feijão subiu em 12 capitais. Ou aumentos foram explicado por “problemas climáticos acarretaram redução da disponibilidade de feijão e alta nos preços. Parte da oferta de feijão preto foi garantida por grão importado”, diz o levantamento.

 

Confira outros itens e a  pesquisa na íntegra. 

 

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