Brasileiros sofrem com novo aumento GERAL de preços em abril

Inflação desacelera no país, mas os preços altos continuam pressionando a renda dos consumidores

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 0,61% em abril deste ano. Nesta matéria do Notícias Concursos que acaba de sair, você vai ver que na comparação com o mês anterior, o indicador desacelerou, visto que sua variação havia sido de 0,71% em abril. O IPCA é a inflação oficial do Brasil.

Em resumo, o termo inflação se refere aoaumento geral nos preços de bens e serviços em uma economia. Assim, quando a taxa inflacionária sobe, o dinheiro passa a comprar menos bens e contratar menos serviços, pois o aumento da inflação reduz o poder de compra do consumidor.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o principal objetivo do IPCA é “medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias, cujo rendimento varia entre 1 e 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos”.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações no dia 12 de maio. O resultado veio levemente acima do esperado pelos analistas do mercado financeiro, cuja média das projeções apontava para uma inflação de 0,55% em abril.

Com o acréscimo deste resultado, a variação acumulada pelo IPCA nos últimos 12 meses perdeu força, passando de 4,65% para 4,18%.

Embora tenha recuado no acumulado anual, a inflação continua acima da meta central definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), para 2023, de 3,25%. No entanto, vale destacar que a taxa poderá desacelerar ainda mais ao longo do ano, ou seja, poderá se manter dentro da meta definida para este ano.

Aumento dos preços segue disseminado no país

O IBGE revelou que todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram alta em seus preços em abril, indicando disseminação das altas.

O principal destaque foi o grupo saúde e cuidados pessoais, que exerceu de maneira mais significativa a inflação no Brasil no mês passado.

Confira abaixo a variação registradas pelos grupos pesquisados pelo IBGE:

  • Saúde e cuidados pessoais: 1,49%
  • Vestuário: 0,79%
  • Alimentação e bebida: 0,71%
  • Transportes: 0,56%
  • Habitação: 0,48%
  • Despesas pessoais: 0,18%
  • Artigos de residência: 0,17%
  • Educação: 0,09%
  • Comunicação: 0,08%

O IBGE revelou que o grupo saúde e cuidados impactou o IPCA em 0,19 ponto percentual (p.p.). Isso quer dizer que o grupo respondeu por mais de 31% do avanço inflacionário no mês.

O resultado nesse grupo foi influenciado pela alta nos produtos farmacêuticos, justificada pela autorização do reajuste de até 5,60% no preços nos medicamentos, a partir de 31 de março“, explicou o analista da pesquisa, André Almeida.

Além disso, os preços dos planos de saúde subiram 1,20% em relação a março. “Houve incorporação das frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023“, disse o pesquisador.

Já os valores dos itens de higiene pessoal desaceleraram de 0,76% em março para 0,56% em abril, impactados pela queda de 1,09% nos preços dos perfumes. Contudo, vale destacar que os preços deste itens subiram no mês passado, mesmo que de maneira menos intensa que em março.

Outros grupos também se destacam

O grupo que exerceu o segundo maior impacto na inflação em março foi o de alimentação e bebidas, contribuindo com 0,15 p.p. da alta do IPCA no mês.

Em suma, os itens cujos preços mais subiram em abril, impulsionando a inflação do grupo, foram tomate (10,64%), leite longa vida (4,96%) e queijo (1,97%). Já do lado das quedas, os destaques foram a cebola (-7,01%) e o óleo de soja (-4,44%).

Já o terceiro maior impacto em março foi exercido pelo grupo transportes, que contribuiu com 0,12 p.p da alta do IPCA. Em março, o grupo havia exercido a maior influência na inflação do país, mas os preços desaceleraram em abril, após a forte alta no mês anterior.

“Contribuíram para esse resultado a queda de 0,44% dos combustíveis, que haviam registrado alta de 7,01% em março”, disse Almeida. Aliás, apenas os preços do etanol subiram no mês (0,92%), mas houve queda nos valores do óleo diesel (-2,25%), do gás veicular (-0,83%) e da gasolina (-0,52%).

Inflação sobe em todos os 16 locais pesquisados

Em abril, o IPCA subiu em todos os 16 locais pesquisados registraram aumento no preço dos produtos e serviços, assim como ocorreu nos dois meses anteriores.

Em resumo, o avanço disseminado mostra que os brasileiros tiveram que gastar ainda mais em março para adquirir itens ou contratar serviços, em comparação a março.

Confira abaixo as taxas inflacionárias registradas nos locais pesquisados em fevereiro:

  • Campo Grande: 0,89%
  • Rio Janeiro: 0,85%
  • Goiânia: 0,77%
  • São Paulo: 0,67%
  • Rio Branco: 0,64%
  • Belo Horizonte: 0,60%
  • Curitiba: 0,57%
  • Fortaleza: 0,56%
  • Belém: 0,56%
  • Brasília: 0,56%
  • São Luís: 0,53%
  • Salvador: 0,50%
  • Porto Alegre: 0,49%
  • Aracaju: 0,39%
  • Vitória: 0,31%
  • Recife: 0,16%

“A maior variação foi em Campo Grande (0,89%), em função da energia elétrica residencial (6,11%). Já a menor variação foi registrada em Recife (0,16%), influenciada pelas quedas de 3,41% da gasolina e de 2,51% de conserto de automóvel”, explicou o IBGE.

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