Brasileiros baixaram 6 bilhões de jogos para smartphones em 2022

Número de downloads de games supera a soma de apps de serviços públicos, de bancos, de entretenimento e de fotografia

O brasileiro é aficionado por games mobile, de acordo com um levantamento feito pela Adjust, plataforma de análise de dados especializada no mercado de apps. O número de downloads de aplicativos de jogos no Brasil chegou a 5,96 bilhões no ano passado. O número foi capturado pela Adjust a partir da base de dados da Apptopia.

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A imensa maioria dos gamers são donos de um aparelho Android, que representaram 5,78 bilhões de downloads, enquanto os usuários de iOS representaram 180 milhões. O número total foi o suficiente para superar a soma de todos os downloads das demais categorias de apps do top 5 do levantamento (confira mais no final do texto). 

A retenção dos games parece ser a tarefa difícil. No terceiro trimestre de 2022, os apps de jogos tiveram o melhor desempenho no primeiro dia após a instalação, com uma taxa de retenção de 18%. Uma semana depois, esse número caiu para 5%. Após um mês, foi para 1%. 

Outra pesquisa, no entanto, mostra que há uma tendência de queda no uso do smartphone para jogar que já era verificada desde a edição anterior da pesquisa. Segundo a Panorama Mobile Time/Opinion Box – Uso de apps no Brasil, de maio de 2023, em um ano, caiu de 52% para 45% a proporção de brasileiros com smartphone que costumam jogar no aparelho. 

A prática havia ganhado muita popularidade durante a pandemia, chegando a 63% em maio de 2020, mas diminuiu bastante após o fim do isolamento social. Atualmente, os jogos mais populares entre brasileiros, segundo a pesquisa Panorama, são: 

  • Candy Crush, instalado em 10% dos smartphones 
  • Free Fire, com 9% 
  • Call of Duty, com 2% 

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Número de downloads de app em geral cai 

Os dados mostram que as instalações de apps apresentaram uma queda em 2022, algo que segue a tendência do mercado global. No entanto, os downloads parecem estar voltando ao patamar normal em 2023, visto que houve um crescimento de 11% em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2022. 

Os apps de serviços de utilidade pública ficaram em segundo lugar na preferência dos brasileiros, com 932 milhões de downloads, em 2022. Em seguida, vieram os apps das categorias fintech (736,7 milhões), entretenimento (669,2 milhões) e fotografia (507 milhões). Em todos os casos, a diferença de downloads de aparelhos Android para iOS (iPhone e iPad) é enorme. 

No entanto, é importante apontar alguns dados. Os dispositivos Android, que representam a grande maioria das instalações, apresentaram uma tendência semelhante de downloads por categoria. 

Aparelhos iOS, por outro lado, destoaram da ordem geral, com exceção dos games, que também ficaram em primeiro lugar (180,8 milhões). Depois, vieram as categorias fotografia (68,1 milhões), fintech (62,4 milhões), serviços de utilidade pública (59,5 milhões) e entretenimento (47,3 milhões). A categoria fotografia na vice-liderança parece apontar para uma preferência no uso do smartphone como ferramenta fotográfica. 

Taxa de retenção e sessões 

Assim como nos games, os apps em geral sofrem para manter os usuários ativos. Os aplicativos de fintech tiveram uma retenção de 13% no primeiro dia, que caiu para 3%, após um mês. Os apps de serviços de utilidade pública alcançaram 10%, inicialmente, e 2%, após um mês. Comparados às outras categorias, os apps de entretenimento tiveram a pior taxa de retenção, que baixou de 8% para 1%, nesse mesmo período.  

A quantidade de vezes que aplicativos de serviços de utilidade pública foram abertos apresentou o maior crescimento entre as principais categorias – um aumento de 84%, ano a ano. Por outro lado, apesar dos apps de jogos terem sido os mais baixados, em 2023, o número de sessões apresentou uma queda de 16%. 

As sessões de apps de entretenimento aumentaram 7%, entre 2021 e 2022. Os aplicativos de finanças, por sua vez, apresentaram um crescimento de 33%, na quantidade de vezes que foram abertos. Em 2023, este número continua crescendo – em janeiro, já foi 13% maior do que no mesmo período do ano anterior.

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