Banco Central aponta evolução dos principais indicadores econômicos da Região Norte do Brasil 

O Banco Central aponta evolução dos principais indicadores econômicos da Região Norte do Brasil. Saiba mais!

Os principais indicadores econômicos da Região Norte do Brasil evoluíram positivamente no segundo trimestre, resultando na expansão do agregado da atividade no período, de acordo com recente atualização do Boletim Regional do Banco Central do Brasil (BCB). 

Banco Central aponta evolução dos principais indicadores econômicos da Região Norte do Brasil 

Segundo destaca a divulgação oficial realizada na data desta publicação, 02 de setembro de 2022, o IBCR-N variou 1,5% em relação ao trimestre anterior, influenciado pela expansão do setor de serviços no período.

Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR)

O IBCR-PA cresceu 1,9% na mesma base de comparação, impulsionado pela construção e por serviços às empresas, enquanto o IBCR-AM expandiu 1,7%, puxado por serviços às famílias e alojamento e alimentação. 

De acordo com o Banco Central do Brasil (BCB), em doze meses, o IBCR-N acumulou crescimento de 1,7%. Sob a ótica da demanda, observou-se estabilidade no volume de vendas do comércio ampliado no segundo trimestre do ano, com avanço em todos os estados, à exceção de Roraima. 

Para o período acumulado em doze meses até junho, o recuo do comércio ampliado foi de 0,8%. Prospectivamente, espera-se que os efeitos das políticas temporárias de apoio à renda impulsionem o setor no segundo semestre.

Dados do licenciamento de automóveis e comerciais leves da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) apresentaram incremento das vendas no trimestre encerrado em julho (3,6%).

O Banco Central do Brasil (BCB) destaca que, no acumulado em doze meses, ocorreram dinâmicas distintas nos segmentos, com contração em veículos leves e estabilidade em caminhões e ônibus. 

Expansão do consumo

Estatísticas mais recentes relacionadas à confiança apontaram ambiente favorável à continuação da expansão do consumo, com elevações na margem tanto no índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) quanto no Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) da região, divulgados pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). 

Quando confrontadas ao mesmo período do ano anterior, o quadro é semelhante, com alta nos índices de confiança dos consumidores e empresários. No segundo trimestre, o setor de serviços manteve trajetória de expansão da atividade, refletindo o desempenho positivo em seis dos sete estados da região, com destaque para o Tocantins (12,7%). 

Avanço regional

O Norte do país avançou 3,5% no agregado da pesquisa, sendo a região com a maior recuperação desde a pandemia. No mercado de trabalho formal, as contratações indicaram continuidade na recuperação do emprego no segundo trimestre, com a criação de postos além da observada em igual período do ano anterior, destacando-se o setor de serviços com saldo líquido de 18,5 mil vagas. Entre os estados, sobressaíram Pará, Amazonas e Rondônia na criação de postos no trimestre. 

Dados oficiais

A taxa de desocupação dessazonalizada recuou de 10,9% no primeiro trimestre para 9,0% no segundo, menor patamar desde o último trimestre de 2015, com aumento na ocupação mais intenso do que na força de trabalho, destaca o Banco Central do Brasil (BCB),

No setor primário, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de julho indica crescimento para a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2022 em relação à do ano anterior, com destaque para os aumentos da produção de milho e soja. Já a colheita de mandioca, uma das principais culturas da região e com características de mão-de-obra majoritariamente familiar, deverá ter redução no ano. 

No segundo trimestre, a produção industrial da região registrou estabilidade, condicionada por recuo na extrativa, com reflexo nas exportações de produtos básicos do Pará, em contraponto à indústria de transformação, que apresentou expansão. Não obstante, em doze meses, a atividade industrial nortista registrou contração, refletindo dificuldades na cadeia de insumos para o polo industrial de Manaus. 

Nuci

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) alcançou 83,4% em junho, crescimento de 5,2 p.p. em relação ao mesmo mês do ano anterior, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam). 

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) do Norte, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), atingiu 60,6 pontos em julho, apresentando leve melhora em relação a abril, destaca a atualização realizada pelo Banco Central do Brasil (BCB). 

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