Banco Central aponta a elevação das expectativas da inflação para 2022 

Banco Central do Brasil (BCB) aponta a elevação das expectativas da inflação para 2022, mediante continuidade da pandemia. Saiba mais!

Conforme informações oficiais do Banco Central do Brasil (BCB), a inflação segue elevada e tem se mostrado mais persistente que o antecipado. Ainda que preços mais voláteis como os de alimentos, combustíveis e energia tenham apresentado grande contribuição para a alta da inflação, a pressão inflacionária se revela disseminada e abrange também componentes mais associados à inflação subjacente. 

Banco Central do Brasil (BCB) aponta a elevação das expectativas da inflação para 2022 

De acordo com o Relatório de Inflação divulgado pelo Banco Central do Brasil (BCB) no último dia 16, a pressão sobre os preços de bens – derivada da maior demanda e potencializada pela existência de gargalos de oferta – ainda não arrefeceu, enquanto a inflação de serviços já se mostra mais elevada, refletindo a gradual normalização da atividade no setor. 

Dessa forma, há preocupação com a magnitude e a persistência dos choques, com seus possíveis efeitos secundários e com a elevação das expectativas de inflação, inclusive para além do ano calendário de 2022. Entre os fatores que explicam o nível elevado da inflação está a alta dos preços das commodities no mercado internacional, que se encontram 44% acima do patamar pré-pandemia.

Elevação do índice de Commodities

Passado o efeito desinflacionário inicial da pandemia, esses preços passaram a crescer continuamente e em ritmo acelerado. Esse movimento teve continuidade até meados de outubro. Considerando a média de 5 dias dos preços em dólares, o Índice de Commodities – Brasil (IC?Br) aumentou 6,8% entre a data de corte do RI anterior (17.9) e o dia 22.10, informa o Banco Central do Brasil (BCB).

Destacou-se nesse período a forte alta dos preços das commodities energéticas, pressionados pela normalização da demanda global e pela escassez da oferta de determinadas fontes de energia na Europa e na China.

A alta nos preços das commodities energéticas repercutiu sobre o preço de commodities metálicas eletrointensivas. No final de outubro, os preços das commodities energéticas e metálicas passaram a recuar – com sinais de agravamento da pandemia, especialmente na Europa, adoção de medidas pela China para aumentar a oferta de carvão e lidar com a crise energética, e preocupação com o setor imobiliário Chinês – mas as commodities agropecuárias continuaram em forte elevação. 

A divulgação de nova variante Ômicron impacta na economia

Além disso, de acordo com as informações do Banco Central do Brasil (BCB), em 26 de novembro, a divulgação de nova variante de preocupação da Covid?19, Ômicron, levou ao recuo disseminado dos preços das commodities, em especial das energéticas, impactando na recuperação da economia.

Considerando todo o período desde a data de corte do Relatório de Inflação anterior, o IC?Br aumentou 1,4%, apesar do recuo significativo das commodities energéticas, medido em reais, o IC?Br aumentou 8,6%, tendo em vista a depreciação do real, informa o Banco Central do Brasil (BCB) através do documento oficial, divulgado no site da instituição. 

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.