Guedes critica quem pede aumento de salário - Notícias Concursos

Guedes critica quem pede aumento de salário

O ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou o fato dos servidores públicos solicitarem aumento de salário e defendeu que o momento da economia não é ideal. Se o valor recebido não aumenta, o poder de compra aos poucos deve diminuir.

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“Em tempos de guerra, não se pede aumento de salário, nem no setor público, nem no setor privado. Numa guerra se perde emprego, se perde vidas, se perde renda. Recolocamos o PIB no lugar, já criamos empregos, com um salário um pouco mais baixo, porque a economia ainda não recuperou seu vigor, e já tem gente querendo desonrar o compromisso com seus contemporâneos. ‘Já ganhei a vacina, agora me dá aqui meu aumento de volta’. E os outros? ‘Eles que peçam o deles, eu quero o meu agora’. Se todos tiverem esses aumentos, é uma desonra com as futuras gerações. A inflação vai voltar, a gente vai mergulhar no passado, nós vamos no endividar em bola de neve de novo, os juros vão continuar altos, a inflação não terá tido uma alta temporária, será uma alta permanente. Nosso papel é assegurar que isso não aconteça”, defendeu o ministro, de acordo com informações da Jovem Pan.

Na fala, o ministro comentou também  reformas como os marcos legais do saneamento, das startups, do gás natural e da cabotagem e comentou os próximos passos. “A reforma tributária não aconteceu, ainda, é uma pena. Nós íamos aumentar os impostos sobre os ricos e diminuir sobre as empresas. Trabalhamos fortemente nisso, não passou. Democracia é assim. Reforma administrativa, igual. Preserva todos os direitos dos funcionários atuais, mas cria meritocracia, avaliações, desempenho, pro futuro, não passou. Mas nós nos empenhamos”, disse Guedes.

Bolsonaro ganha aumento de 6% no salário e ministros de até 69%

Ainda no início do ano, uma portaria que promete aumentar salário de políticos de destaque foi editada. Entre os que podem ter aumento nos seus vencimentos estão o próprio presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) – veja abaixo os valores. 

A medida trará alterações nas regras para a aplicação do limite remuneratório – o conhecido teto do funcionalismo. Para se ter uma ideia, com a medida editada, chamada popularmente de canetada, já que não foi a votação, há autoridades que poderão receber até 69% a mais e, como se não bastasse, receber mais de R$ 66 mil. 

Apelidado de “teto duplex”, a mudança permitirá, por exemplo, que o teto do funcionalismo de atuais R$39,2 mil, seja ultrapassado. Isso porque não será mais considerado apenas para a soma dos salários, mas para cada benefício individualmente. 

Além do salário do Bolsonaro, veja salário de outros ministros:

  •  Hamilton Mourão (vice-presidente) – novo salário de R$ 63,5 mil (aumento de 62%);
  • Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil) – novo salário de R$ 66,4 mil (aumento de 69%);
  • Braga Netto (Defesa) – novo salário de R$ 62 mil (aumento de 58%);
  • Augusto Heleno – Ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional no salário de R$ 63 mil (aumento de 60%);
  • Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) novo salário de R$ 56,4 mil (aumento de 44%).

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