Ansiedade e compulsão estão entre os efeitos do uso exagerado das “telas”

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Banco de imagens: unsplash.com

 

Apesar dos inúmeros benefícios propiciados pela tecnologia, seu uso inadequado ou exagerado vem rendendo consequenciais prejudiciais à saúde física e mental dos usuários.

Ansiedade, compulsão e até depressão estão associadas ao consumo excessivo de conteúdo virtual entre crianças, adolescentes e jovens.

Um estudo na Alemanha, publicado pela revista científica PLOS ONE, ainda compara o uso frequente das telas ao comportamento impulsivo, semelhante ao vício de drogas e jogos.

O acesso abusivo aos conteúdos através dos celulares, por exemplo, induz à tomada de escolhas mais rápidas e práticas, entretanto, estas preferências acabam desencadeando o hábito de buscar caminhos sempre mais curtos e respostas instantâneas.

Este comportamento impulsivo e impaciente, já é observado no uso abusivo de drogas, álcool e jogos de azar, de acordo com a publicação na PLOS ONE.

Ainda segundo o estudo, entre as 101 pessoas participantes do experimento sobre escolhas, aquelas que faziam uso frequente do celulares, acabavam optando pelas propostas, cujo feedback seria instantâneo, mesmo que os caminhos mais longos levassem a melhores consequências.

Prejuízos mentais e físicos aos usuários de telas

Esta prioridade por respostas e estímulos imediatos, acaba tornando o usuário mais ansioso e agitado. Já que no dia a dia, nem tudo pode ser desenvolvido de forma rápida, como acontece na internet.

Além disso, o próprio conteúdo absorvido, principalmente no que diz respeito a jogos e redes sociais, acaba estimulando sentimentos de compulsão, visto que o usuário busca sempre estar ativo nesses ambientes com receio de ficar desintegrado do ambiente, mesmo que por poucas horas.

E ainda se tratando do conteúdo, nas redes sociais o perigo pode ser ainda maior, já que existe a possibilidade de haver comparações entre estilos e comportamentos sociais, ilusões sobre vidas perfeitas e ainda o ciberbullying.

Todos estes fatos são gatilhos para o desenvolvimento de transtornos mentais, que podem se agravar para quadros de depressão.

Já em relação às consequências físicas, estes usuários de telas podem vir a sofrer de problemas oftalmológicos e posturais, inclusive, dores de cabeças podem estar associadas a este hábito exagerado.

Degeneração da retina

As telas de celulares, computadores, tablets e TVs emitem uma luz azul, que é tóxica à retina, podendo causar danos irreversíveis à saúde ocular.

Essa luz provoca um efeito de fotoxicidade, que se acumula nas células da retina causando a degeneração da mácula, área nobre da visão.

Os sintomas dos transtornos oftalmológicos provenientes do excesso de telas são:

  • Dores de cabeça
  • Tensão ocular
  • Olhos secos
  • Falta de foco

A qualquer um destes sinais é indicado buscar auxílio médico.

Equilibrar a frequência do uso de telas é a solução!

Visto que hoje em dia, a comunicação, trabalho e até o lazer acabam dependendo do uso de telas, não há como abdicar completamente seu uso.

Diante disto, a solução é controlar o tempo de uso, a fim de que o hábito não se torne cada vez mais impulsivo.

Além disso, especialmente às crianças, vale a pena ressaltar, que os especialistas não recomendam o uso da tela antes do dois anos de idade. Após esse período o tempo deve ser rigorosamente limitado para no máximo uma hora por dia.

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