A Questão Palestina: tudo sobre o assunto
A Questão Palestina se refere aos diversos conflitos entre judeus e árabes pelo controle da região da Palestina, no Oriente Médio.
O assunto é muito cobrado em vestibulares, concursos e na prova do ENEM, tanto em questões de geografia, como em questões de história e de atualidades. Assim, é fundamental que você domine as principais características desse tópico.
A Questão Palestina: Introdução
O termo “Questão Palestina” se refere à luta do povo palestino pela retomada de seu território que, em parte, foi dominado pelo Estado de Israel, após a criação deste no ano de 1948. Atualmente, os territórios palestinos estão reduzidos à certas áreas da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, em que ocorrem centenas de conflitos entre árabes e judeus.
A Questão Palestina: Contexto Histórico
Os povos palestinos fazem parte de uma etnia composta por filisteus, árabes e cananeus, grupos que exerceram importantes atividades na Antiguidade. Ainda, os palestinos são, em sua maioria, muçulmanos e falam árabe.
O território da Palestina, por sua vez, é denominado dessa maneira devido ao termo Filistina, ou seja, terra dos Filisteus. Porém, esse território não é considerada de suma importância somente pelos palestinos, mas também pelos judeus, que a consideram uma região sagrada e que seria prometido para os hebreus (por isso é conhecida como Terra Prometida).
Todavia, os hebreus enfrentaram uma série de diásporas ao longo de sua história e foram obrigados a deixar a região da Palestina. Com isso, os árabes ocuparam a região e nela se instalaram, há cerca de dois mil anos. Posteriormente, o domínio local seria exercido pelo poderoso Império Turco-Otomano, criado em 1299.
O acirramento do conflito entre árabes e judeus foi consolidado do século XIX, com a criação do movimento sionista. Os membros do movimento defendiam a conquista da Terra Prometida. Ainda, a partir desse período, grupos de judeus passaram a migrar para a região, mas de forma pacífica.
Com o fim da Primeira Guerra Mundial e o consequente fim do Império Turco-Otomano, a Palestina passou a ser controlada pela Inglaterra, que era favorável à criação de um Estado judeu. Porém, nada foi feito. É então em um contexto pós-Segunda Guerra Mundial que os judeus irão imigrar em massa para a Palestina, principalmente devido ao Holocausto praticado pelos nazistas.
Assim, no ano de 1947, os Estados Unidos, a Inglaterra e a URSS realizam um acordo com a ONU para dividir a Palestina e criar o Estado de Israel. Na divisão, os judeus, minoria, ficam com a maior parte do território, enquanto os árabes, maioria, ficam com a menor. Porém, é claro que os árabes não aceitariam essa decisão de maneira pacífica.
A Questão Palestina: Conflitos
No mesmo ano da criação do Estado de Israel, em 1948, aconteceria a chamada Primeira Guerra Árabe-Israelense. Ao final do conflito, no ano seguinte, os palestinos perderiam parte significativa de seus domínios, como a Galileia, o Deserto de Neguev e a Cisjordânia. Vale ressaltar que Israel é belamente superior aos árabes, uma vez que recebe o apoio dos Estados Unidos.
Posteriormente, no ano de 1967, aconteceria a Guerra dos Seis Dias. A guerra, iniciada de surpresa por Israel, deixou aproximadamente 21,8 mil pessoas mortas: os árabes perderam 21.000 soldados e Israel, por sua vez, perdeu 800 homens. Ainda, em apenas 6 dias, Israel dominou parte significativa dos territórios palestinos. Isso fica bem claro quando sinalizamos que, antes da guerra, o território de Israel possuía 20.300 quilômetros quadrados. Depois do conflito, o mesmo possuía mais de 102.000 quilômetros de extensão.
Porém, a Guerra dos Seis Dias não seria isenta de consequências: no ano de 1973, diversos países árabes se uniriam para atacar os judeus na chamada de Guerra do Yom Kippur. O conflito se encerraria com a intervenção da ONU, dos EUA e da URSS, que decretaram o cessar-fogo. Todavia, Israel não cumpriu o acordo realizado na ocasião e, dessa maneira, não devolveu os territórios que haviam sido ocupados.
A Questão Palestina: Atualidade
Os conflitos entre árabes e judeus não se restringem à história: diversos são os ataques que ocorrem na atualidade, tanto por parte dos palestinos quanto por parte dos judeus.
Dois dias atrás, por exemplo, Israel atacou e destruiu um prédio residencial de 13 andares em Gaza. Os bombardeios estão sendo constantes e, até o presente momento, cerca de 30 pessoas foram mortas.
Fica claro que uma solução para o conflito entre árabes e israelenses parece distante.