A notícia sobre o PIX e cartão de débito que chocou brasileiros nesta semana

Com a pressão do avanço do Pix, as empresas de cartão de débito estão com iniciativas para aumentar a competitividade do meio de pagamento.

A saber, uma das iniciativas é que, a partir do ano que vem, as operações realizadas pelo cartão de débito irão ocorrer de forma instantânea. Isso significa que o comerciante receberia o valor enviado no mesmo instante da transação.

Além disso, a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) pretende colocar em prática outras duas iniciativas, para competir com o Pix, já neste ano.

Em primeiro lugar, uma delas possui o nome de “click to pay”, através da qual será possível realizar compras com cartão de débito online com apenas um clique, sem a necessidade de entrar no aplicativo da instituição financeira.

A outra ideia seria o débito sem senha, voltada para streaming e aplicativos de transporte, por exemplo, também sendo uma medida de pagamento não presencial.

Por fim, a última iniciativa seria o parcelamento de compras através do cartão de débito, sujeito a presença de juros.

De acordo com Fernando Amaral, membro da Abecs e vice-presidente de Inovação e Soluções da Visa no Brasil, algumas dessas medidas já são estudadas há bastante tempo, no entanto, o avanço do Pix fez com que o processo fosse acelerado.

“O Pix mostrou em alguns pontos oportunidades que tínhamos, e que poderíamos atacar de maneira mais veloz”, afirmou.

Avanço do Pix

O cartão de débito obteve um aumento em seu uso durante a pandemia, devido ao pagamento do Auxílio Emergencial pelo Governo Federal.

No entanto, a partir de 2021 começou a perder espaço para o Pix. Além disso, os cartões de crédito e pré-pago saíram na frente.

Isso ocorre, pois, apesar de o cartão de débito ainda ser mais fácil de utilizar para o cliente, ele não vale a pena para o comerciante, em comparação com o Pix.

Isso porque, com o Pix, o dinheiro da transação cai de forma imediata, e sem taxas para o lojista.

De acordo com Boanerges Ramos Freire, consultor e presidente da Boanerges & Cia, não dá para negar que o fator mais importante é a nova concorrência, o Pix. É inegável que o (cartão de) débito tem um desafio, e o setor está certo em reposicioná-lo.”

Além disso, Eduardo Rosman, analista do setor financeiro no BTG Pactual, também comentou sobre o avanço do cartão pré-pago sobre o débito:

“Os próprios emissores preferiam emitir cartão pré-pago, porque havia um intercâmbio mais alto”, disse.

Essa afirmação foi feita referindo-se à taxa paga pelas maquininhas ao emissor do cartão em cada compra. Inclusive, a partir de abril, o pré-pago terá um teto de 0,7%, ainda maior que o do débito, que é de 0,5%.

Por fim, ele destacou que o Pix tem uma estrutura concorrente com os cartões. No entanto, os cartões também possuem suas vantagens, como a possibilidade de reembolso de transações.

“É uma reação da indústria, porque o cartão de débito está perdendo espaço para o pré-pago e para o Pix.”

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