49% dos brasileiros pretendem comprar mais pela internet em 2022

Pesquisa mostra tendência de crescimento do e-commerce e a influência das redes sociais e dos vendedores virtuais na decisão de compra

Um novo estudo aponta que a frequência de compras online no Brasil aumentou 71% no último ano e as expectativas para o futuro são de continuação do crescimento. De acordo com dados do relatório Market Review | Edição 1: Tendências do E-commerce para 2022, 49% dos brasileiros afirmam que querem fazer mais compras pela internet no ano que vem. 

A pesquisa, produzida pela consultoria de mercado Opinion Box a pedido da empresa de tecnologia para comércio bornlogic, ouviu 2,1 mil consumidores espalhados por todo o Brasil em setembro de 2021.

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Segundo os dados, cada vez mais as redes sociais têm tido maior impacto na decisão dos consumidores. Quase dois terços (65%) das pessoas têm o hábito de pesquisar os produtos nas redes sociais e 69% já compraram produtos que viram em anúncios nessas plataformas. 

Outra tendência apontada é a união das lojas físicas com as virtuais, que deve ganhar ainda mais espaço no futuro, já que muitos consumidores começam a jornada de compra em um canal e terminam em outro. Para 74% dos entrevistados, a compra começa com a pesquisa de um produto na internet e termina em uma loja física, enquanto 84% confirmam ter experimentado o produto em loja para depois comprar em um site.  

Vendedor ainda é necessário

Um dos motivos para as pessoas preferirem comprar presencialmente são os vendedores. No entanto, os consumidores estão abertos a se consultar com atendentes de vendas pelo e-commerce. Quase metade (46%) já fez uma compra com atendimento por WhatsApp, Facebook ou outras redes sociais. Eles apontam que o vendedor pode ser decisivo na hora de fechar uma compra, tirando dúvidas, auxiliando no modo de uso e dando mais confiança no produto e no processo. 

Para o CEO da bornlogic, André Fonseca, o comércio online, que foi ainda mais impulsionado durante a pandemia, vive seu auge e os números comprovam isso. “Mas nos chama atenção o protagonismo que o vendedor vem tendo, mesmo no ambiente virtual.” Ele conta que a tecnologia pode encurtar distâncias e agilizar alguns processos, mas os resultados apontam para uma valorização do calor humano, mesmo quando o canal é digital. 

Dani Schermann, líder de Marketing do Opinion Box, conta que as empresas já podem se planejar com mais perspectiva, em comparação com 2020, que foi um ano em que se tornou muito difícil prever até o futuro mais próximo. 

“Nenhum de nós sabia o que aconteceria na próxima semana ou no próximo mês – imagine então no próximo ano. Agora, enquanto parecemos caminhar para uma volta ao que consideramos a normalidade, já conseguimos olhar com mais clareza para o que vem por aí. Mais do que nunca, olhar para frente, encontrar tendências e se preparar para o futuro se tornou muito importante para as empresas”, afirma. 

Mais dados da pesquisa

O estudo também traz dados sobre o desempenho das categorias. O destaque fica para o crescimento de categorias como Alimentos e Bebidas, cujos produtos já são comprados por 38% dos consumidores, e Moda e Acessórios, que venceu a barreira do “quero experimentar antes de comprar” e hoje já é acessada por 55% dos entrevistados.  

As categorias que lideram as vendas continuam sendo as de Eletrônicos (59%), Telefonia (57%) e Eletrodomésticos (56%). Enquanto produtos infantis e para Jardinagem são os menos comprados pela internet, com 17% e 8% respectivamente. 

Por fim, a pesquisa ainda apresenta os motivos que fazem um cliente desistir da compra, que podem funcionar como boas dicas para melhorar o negócio. Quase todos (94%) já deixaram de comprar pelo valor do frete e 89% por causa de avaliações negativas de outros clientes. Para 84% dos entrevistados, o medo do anúncio ser uma fraude evitou a compra, enquanto 82% dos entrevistados que não concluíram uma compra por medo do produto não ser do tamanho certo e 78% por causa do prazo de entrega longo.

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